Dom João VI retornou para Portugal em 1821. Como o Brasil ficou após essa situação?
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Resposta:
D. Pedro, seu filho, assume como Príncipe Regente do Brasil.
D. João VI, já em Lisboa, foi pressionado pelas Cortes portuguesas a tomar uma série
de medidas que, na prática, reconduziriam o Brasil à condição de colônia e acabariam
com a autonomia adquirida no período joanino. Entre as medidas, estariam:
1) A abolição da regência de D. Pedro no Brasil e seu retorno imediato a Portugal;
2) A obediência das províncias brasileiras a Lisboa e não mais ao Rio de Janeiro;
No Brasil, as notícias das medidas causaram uma polarização entre portugueses e
brasileiros, cujos grupos ficaram conhecidos respectivamente como “Partido Português”
e “Partido Brasileiro”.
Partido Português: formado principalmente por comerciantes portugueses,
burocratas e membros de altos escalões do exército.
Esse grupo defendia a implantação de medidas “recolonizadoras” do Brasil e estava
interessados na manutenção dos privilégios que a estrutura colonial lhes dava.
Partido Brasileiro: formado por burocratas, comerciantes, grandes proprietários de
terras, advogados e investidores urbanos, que se beneficiaram com as mudanças
políticas ocorridas no período joanino e a maior autonomia dada ao Brasil.
Esse grupo defendia a liberdade de comércio, a redução dos impostos e a igualdade
política e jurídica concedida pela elevação do Brasil à Reino Unido.
Além disso, o grupo era contra a subordinação do Brasil a Portugal.
A ameaça da recolonização do Brasil fez com que os brasileiros que defendiam a maior
autonomia do território se mobilizassem para manter D. Pedro no Brasil.
Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro recebeu a “Petição do Fico”, que contava com 8 mil
assinaturas e pedia para que ele ficasse no Brasil.
D. Pedro ficou. E decretou que nenhuma ordem que viesse das cortes portuguesas
poderia ser aplicada no Brasil sem a sua autorização.
Depois, via decreto, o regente declarou que todas as tropas vindas de Portugal seriam
recebidas com hostilidade no Brasil.
Finalmente, no dia 7 de setembro de 1822, foi declarada por D. Pedro a independência
do Brasil. Ele seria coroado como o imperador D. Pedro I em dezembro do mesmo ano.
É bom lembrar que D. Pedro não fez a independência sozinho: ele contou com o apoio
de parte das elites brasileiras que estavam descontentes com o processo de
recolonização, sobretudo os grandes proprietários de terra e grandes comerciantes.