Dois pobres inválidos, bem velhinhos, esquecidos numa cela de asilo.
Ao lado da janela, retorcendo os aleijões e esticando a cabeça, apenas um podia olhar lá fora.
Junto à porta, no fundo da cama, o outro espiava a parede úmida, o crucifixo negro, as moscas no fio de luz. Com inveja, perguntava o que acontecia. Deslumbrando, anunciava o primeiro:
- Um cachorro ergue a perninha no poste.
Mais tarde:
_ Uma menina de vestido branco pulando corda.
Ou ainda:
- Agora é um enterro de luxo.
Sem nada ver, o amigo remordia- se no seu canto. O mais velho acabou morrendo, para alegria do segundo, instalado afinal debaixo da janela.
Não dormiu, antegozando a manhã. Bem desconfiava que o outro não revelava tudo.
Cochilou um instante - era dia. Sentou-se na cama, com dores espichou o pescoço: entre os muros em ruína, ali no beco, um monte de lixo.
04. Após a morte do mais velho, o outro velhinho foi até a janela, na construção da sua expectativa de leitura, por que a discrição do cenário/espaço relatada pelo primeiro velhinho é diferente do desfecho dessa história?
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Resposta:
1 - A boa imaginação traz esperança.
2- Apesar de toda a dificuldade, o velhinho mantinha sua positividade.
3 - A inveja do outro velhinho mostra que, na maioria das vezes, consideramos a vida do outro melhor que a nossa, e que não estamos satisfeitos com aquilo que é nosso, sempre desejamos aquilo que é do outro.
Explicação:
espero ter ajudado
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