Dois inválidos, bem velhinhos, esquecidos numa cela de asilo. Ao lado da janela, retorcendo os aleijões e esticando a cabeça, apenas um consegue espiar lá fora. Junto à porta, no fundo da cama, para o outro é a parede úmida, o crucifixo negro, as moscas no fio de luz. Com inveja, pergunta o que acontece. Deslumbrado, anuncia o primeiro: _ Um cachorro ergue a perninha no poste. Mais tarde: _ Uma menina de vestido branco pulando corda. Ou ainda: _ Agora é um enterro de luxo. Sem nada ver, o amigo remorde-se no seu canto. O mais velho acaba morrendo, para alegria do segundo, instalado afinal debaixo da janela. Não dorme, antegozando a manhã. O outro, maldito, lhe roubara esse tempo o circo mágico do cachorro, da menina, do enterro de rico. Cochila um instante – é dia. Senta-se na cama, com dores espicha o pescoço: no beco, muros em ruína, um monte de lixo. TREVISAN, Dalton. Ministória 161. In ___. Ah, é? Rio de Janeiro: Record, 1994.
Sua resposta
1) Com relação a esse miniconto, identifique os seguintes elementos da narrativa: o narrador,os personagens, o espaço e o tempo. *
Sua resposta
2) As cenas que o velho dizia ver pela janela eram reais ou fruto da imaginação dele? Em que você se baseou para chegar a essa conclusão? *
Sua resposta
3)Na sua opinião, o que levou o velho que ficava ao lado da janela a inventar aquelas cenas e contá-las ao companheiro de quarto? .
gente por favor me ajudeeeee
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Resposta:
2 EU ACHOOOOOOOO
Explicação:
EU ACHOO
caroline9288:
isso e um texto na qual tem perguntas tem a 1 a 2 e a 3 entendeu
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