Dois de fevereiro de 1987. Ecoam nesta sala as reivindicações das ruas. A Nação quer mudar.
A Nação deve mudar. A Nação vai mudar. São palavras constantes do discurso de posse como pre-
Hoje, 5 de outubro de 1988, no que tange à Constituição, a Nação mudou. A Constituição mu-
dou na sua elaboração, mudou na definição dos Poderes. Mudou restaurando a federação, mudou
Senhoras e senhores constituintes.
sidente da Assembleia Nacional Constituinte.
quando quer mudar o homem cidadão. E é só cidadão quem ganha justo e suficiente salário, le e
escreve, mora, tem hospital e remédio, lazer quando descansa. [...]
Amaldiçoamos a tirania onde quer que ela desgrace homens e nações. Principalmente na Amé
rica Latina.
Foi a audácia inovadora, a arquitetura da Constituinte, recusando anteprojeto forâneo ou de
elaboração interna. [...]
Não é a Constituinte perfeita, mas será útil, pioneira, desbravadora, será luz ainda
que
de lam-
parina na noite dos desgraçados.
É caminhando que se abrem os caminhos. Ela vai caminhar e abri-los. Será redentor o caminho
que penetrar nos bolsões sujos, escuros e ignorados da miséria. [...]
Termino com as palavras que comecei esta fala.
A Nação quer mudar. A Nação deve mudar. A Nação vai mudar. A Constituição pretende ser a
voz, a letra, a vontade política da sociedade rumo à mudança.
Que a promulgação seja o nosso grito.
Mudar para vencer. Muda, Brasil.
a) Descreva algumas características do gênero discurso.
Soluções para a tarefa
Resposta:Os gêneros do discurso são um elemento fundamental no processo de produção de textos, porque são os responsáveis pelas formas que estes assumem. Qualquer manifestação verbal organiza-se, inevitavelmente, em algum gênero do discurso, seja uma conversa de bar, uma tese de doutoramento, seja linguagem oral ou escrita.
Os gêneros são, portanto, formas de enunciados produzidas historicamente, que se encontram disponíveis na cultura, como notícia, reportagem, conto (literário, popular, maravilhoso, de fadas, de aventuras…), romance, anúncio, receita médica, receita culinária, tese, monografia, fábula, crônica, cordel, poema, repente, relatório, seminário, palestra, conferência, verbete, parlenda, adivinha, cantiga, anúncio, panfleto, sermão, entre outros.
Os gêneros se caracterizam pelos temas que podem veicular, por sua composição e marcas lingüísticas específicas. Assim, não é qualquer gênero que serve para se dizer qualquer coisa, em qualquer situação comunicativa.
Se alguém pretender discutir uma questão polêmica, como a descriminalização das drogas ou a pena de morte, precisará organizar o seu discurso em um gênero como artigo de opinião, por exemplo. É o gênero que pressupõe a argumentação a favor ou contra questões controversas, mediante a apresentação de argumentos que possam sustentar a posição que se defende e refutar aquelas que forem contrárias àquilo que se defende.
Por outro lado, se a finalidade for relatar um fato ocorrido no dia anterior, certamente a notícia deverá ser o gênero escolhido. Se o que se pretende é orientar alguém na realização de determinada tarefa, pode-se escrever um manual ou relacionar instruções, por exemplo. Se a intenção for apresentar algum ensinamento por meio de situações exemplares, colocando animais como protagonistas para representar determinadas características humanas, então a fábula é o gênero mais apropriado.
Portanto, saber selecionar o gênero para organizar um discurso implica conhecer suas características, para avaliar a sua adequação aos objetivos a que se propõe e ao lugar de circulação, por exemplo. Quanto mais se sabe sobre esse gênero, maiores são as possibilidades do discurso ser eficaz.
Explicação: