“Dois carregadores estão conversando e um diz: ‘Se eu fosse presidente da República, eu só acordava lá pelo meio-dia, depois ia almoçar lá pelas três, quatro horas. Só então é que eu ia fazer o primeiro carreto.”
A história transcrita a seguir contrasta dois mundos, dois estados de coisas: o dia a dia cansativo do carregador e a situação imaginária em que ele se torna presidente da República.
O carregador não consegue passar para o mundo imaginário, e acaba misturando-o de maneira surpreendente com o mundo real. Qual é a construção gramatical usada nessa história para dar acesso ao mundo das fantasias do carregador?
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A construção gramatical utilizada foi o emprego do pretérito imperfeito do indicativo (acordava, ia) com valor de futuro do pretérito do indicativo (acordaria, iria).
Interpretação de texto
O carregador transfere para o mundo irreal de suas fantasias a sua condição de carregador. O que torna o texto engraçado é o fato de ele manter a sua situação de carregador mesmo na fantasia, em que poderia imaginar ser o que quisesse e se livrar dessa situação ruim de vida.
Na fala coloquial, é comum o uso do pretérito imperfeito do indicativo em vez do futuro do pretérito do indicativo para indicar hipótese, possibilidade.
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