Biologia, perguntado por eaegaleradozapzap, 7 meses atrás

doenças do intestino grosso e os sintomas

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Respondido por camilasilva12em
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1. Doença de Crohn

Patologia

Trata-se de uma doença inflamatória que se manifesta ao longo de todo o trato gastrintestinal, sendo mais comum na porção distal do intestino delgado e do intestino grosso. Acomete desde a mucosa até as camadas musculares das alças.

Etiologia

É uma doença idiopática, ou seja, sua causa ainda não está bem estabelecida, mesmo nos estudos mais recentes. Pode se manifestar com surtos agudos recorrentes intercalados com períodos longos de remissão.

Quadro clínico

estomatite;

diarreia frequente (com ou sem muco nas fezes);

dor abdominal do tipo cólica;

emagrecimento;

febre.

É possível também a ocorrência de fístulas. Até 30% dos doentes com Crohn tem manifestações no ânus e região perianal. Outras manifestações extraintestinais podem surgir na pele, articulações, olhos e fígado.

Diagnóstico

A colonoscopia com biópsia e avaliação do íleo terminal é o melhor recurso para o diagnóstico da doença — o exame histopatológico do tecido biopsiado pode confirmar. A tomografia de abdome pode ser utilizada na avaliação das fístulas entre alças intestinais.

Tratamentos

O tratamento depende da forma de apresentação da doença e da gravidade. Ele é iniciado, em um primeiro momento, sempre com medicamentos e os corticosteroides são as medicações mais utilizadas atualmente.

Várias outras drogas podem ser associadas com o objetivo de fazer regredir a inflamação dos tecidos, como os aminossalicilatos, os fistulectomia, imunossupressores e a terapia biológica (anticorpos monoclonais). No entanto, alguns casos necessitam de intervenção cirúrgica para tratamento de complicações.

2. Síndrome do intestino irritável (SII)

Patologia

Pela própria definição de síndrome, podemos afirmar que a síndrome do intestino irritável pode contemplar um conjunto de sintomas, sem que haja qualquer evidência de lesões subjacentes no intestino grosso ou delgado. Ou seja, não há lesão orgânica decorrente da SII.

Etiologia

Assim como na Doença de Crohn, a causa precisa da SII não é conhecida. Fatores que parecem desempenhar um papel relevante incluem:

contrações musculares de força anormal no intestino,

alterações no sistema nervoso intestinal (plexo mioentérico);

doenças inflamatórias intestinais;

infecção subjacente;

alterações na microflora intestinal.

Os fatores desencadeantes demonstrados após anos de estudos foram o estresse emocional, alimentação industrializada, especialmente o uso de conservantes e corantes artificiais.

Quadro clínico

dor abdominal do tipo cólica;

distensão abdominal;

aumento na frequência de evacuações,

constipação, intercalando com períodos de diarreia.

Apenas um pequeno número de pessoas com SII tem sinais e sintomas graves. Vale ressaltar que a síndrome não causa alterações no tecido intestinal nem aumenta o risco de câncer colorretal.

Diagnóstico

Novos critérios para o diagnóstico da SII foram divulgados em junho de 2016. Os critérios chamados de Roma IV refletem avanços em pesquisas científicas básicas e ensaios clínicos, já que os critérios de Roma III foram publicados 10 anos atrás. Essa edição levou 6 anos para ser desenvolvida e envolveu contribuições de 117 especialistas, representando 23 países.

Roma IV tem várias mudanças importantes em como os distúrbios intestinais funcionais são descritos e diagnosticados, como dor abdominal recorrente, em média, pelo menos 1 dia por semana nos últimos 3 meses, associada a dois ou mais dos seguintes critérios:

alteração na frequência das fezes;

mudança na forma ou aparência das fezes;

apresentar sintomas nos últimos 3 meses com início dos sintomas pelo menos 6 meses antes do diagnóstico.

Tratamentos

O tratamento concentra-se no alívio dos sintomas para que o paciente tenha qualidade de vida. Sinais e sintomas leves podem ser tratados pelo controle do estresse e por mudanças na dieta e no estilo de vida.

Evitar alimentos que desencadeiam os sintomas, aumentar a ingestão de fibras e água são medidas fundamentais que os pacientes devem ser orientados e estimulados a fazer.

ESPERO TER AJUDADO


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