Biologia, perguntado por l0cdamaspaulato, 1 ano atrás

do que a saúde pública faz uso?? por favor!

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Respondido por helidagbi
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ntre a pauta de reivindicações, a sociedade brasileira colocou a saúde pública como prioridade. A reflexão sobre o tipo de sistema que queremos e que tipo de serviços estamos recebendo deu tom à reflexão unânime sobre a saúde pública brasileira.

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) encomendada em julho deste ano pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) revelou que para 43% dos entrevistados, a saúde pública é um dos maiores motivos de reivindicação popular.

“Nas ruas, a palavra de ordem é mudança. Essas manifestações devem nos levar a profundas análises para que possamos compreender e interpretar os verdadeiros motivos das inquietações e indignações da sociedade”, afirma o presidente do CONASS, o secretário de Estado da Saúde do Amazonas, Wilson Duarte Alecrim.

Alecrim ressalta que as manifestações acerca da saúde pública precisam ser avaliadas com cuidado, pois o SUS, apesar de ser um sistema de saúde bem formulado, que tem cumprido importante papel de inclusão social no país, ainda deixa a desejar no que diz respeito ao seu papel assistencial e a cobrança da população não se revela, na prática, como apoio ao sistema.

Oportunamente, o CONASS realizou, cerca de dois meses antes da explosão dessas manifestações, no dia 24 de abril, o seminário Saúde: para onde vai a nova classe média, o primeiro de uma série de discussões do projeto CONASS Debate – uma nova frente de atuação do Conselho para promover a discussão de temas importantes do setor saúde e ouvir opiniões sobre a sustentabilidade do sistema, principalmente de atores de fora do setor saúde, buscando a expressão de pensamentos e opiniões divergentes e a explicitação de dissensos de forma a contribuir para a abertura de caminhos seguros para o futuro do SUS. “Nós estávamos à procura de entender quais são os anseios da sociedade. Menos de dois meses após a realização deste seminário, assistimos ao movimento cívico que expressou algo que já sabíamos existir, mas que não percebemos antes: a cobrança vem das vozes expressas, não nos ambientes legislativos, nem das organizações sindicais ou das entidades de classes, mas sim do povo nas ruas”, reflete o presidente do CONASS.

Para o diretor executivo do Instituto Sul-americano de Governos em Saúde (ISAGS), José Gomes Temporão, a população está clamando por mais Estado. “As pessoas foram às ruas pedir mais Estado, não com esse nome, mas chamando a atenção dos governantes ao fato de que querem serviços públicos de melhor qualidade e aí a saúde aparece como uma das prioridades. Isso expressa a transição cultural que a sociedade está vivendo”.

Temporão será um dos expositores do seminário CONASS Debate: caminhos da saúde no Brasil, que dá início à segunda discussão prevista pelo projeto. Junto a ele, o diretor de assuntos institucionais da Amil, Antônio Jorge Kropf, e o economista aposentado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), André Médici. Como debatedores, o consultor da Organização Pan-americana de Saúde em Washington (Opas), Renato Tasca, e o superintendente do Hospital Sírio Libanês, Gonzalo Vecina Neto.

Ouvidos pela Revista Consensus, esses especialistas opinaram sobre as manifestações populares e também sobre os possíveis rumos que a saúde pública brasileira pode tomar levando em consideração a sustentabilidade do sistema diante do cenário político e social no qual o país está inserido.


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