História, perguntado por Drian162, 10 meses atrás

Diz me sobre o declínio do reino do congo

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Respondido por anabeatrizr311
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Resposta: 1º) O Antigo Reino do Kongo – trata-se da fase que corresponde aos mitos da sua génese, à sua implantação e independência, assim como à afirmação simbólica, que se entende (dentro das informações compulsadas) ter-se iniciado por volta do século XV e termina, com fases intermitentes de maior ou menor independência, por volta de meados do século XIX. Basicamente, neste espaço temporal, exerceram os europeus e em especial os portugueses, enorme pressão económica, cultural e religiosa, sobre os povos da Bacia Convencional do Zaire, como ficou conhecida pelas potências coloniais a área do espaço geográfico, (considerando como elementos estruturais a exploração de matérias primas e o comércio liberal) ocupado pelo rio Zaire, seus afluentes e confluentes.

(2º) O Reino do Kongo dya Ntotila ou Ntotela: Esta fase corresponde ao declínio dos contactos diplomáticos portugueses pois uma vez estabelecida a confusão das potências negociantes e depois ocupantes, se tivermos em conta as suas próprias formas de entender o processo socioeconómico, os meios materiais e intelectuais de que dispunham, a experiência anterior adquirida e especialmente a capacidade de adaptação física que permitiu, com o tempo, um mais profundo internamento no sertão e uma menor dependência dos autóctones. Foi o caso dos portugueses, ao verem-se envolvidos no processo de mestiçagem física. Os estrategas da expansão marítima sabiam das suas vantagens e desvantagens. Do que se tem escrito, sou mais sensível ao século XIX; aqueles que contactaram, por períodos mais ou menos longos, com as populações ultramarinas, ajudaram a entender melhor as relações sociais e económicas que se desenvolveram naquele século, altura em que se intensificaram as explorações científicas na Bacia Convencional do rio Zaire. Foi o período das grandes caravanas, incluindo as que escondiam já os desígnios da ocupação com o intuito da repartição de África pelos poderes europeus, a chamada expansão colonial africana. Embora esteja uma panóplia documental por “descobrir”, há que regozijarmo-nos dos muitos dos documentos legados, por exemplo, as cartas geográficas dos acessos portuários, dos relevos, entre outras, através das quais, as potências coloniais trocaram informações de relevante importância. Este tipo de documentação, reputada do maior interesse, foi sempre sigilosa e nela residiram informações que permitiram a exploração de matérias-primas, defendidas a todo o custo pelos potentados negros.

(3.º) O Reino do Kongo dya Xingongo e dya Gunga: O último quartel do século XIX, é a fase da consolidação diplomática cristã, junto do então rei do Kongo, conhecido, em todas as terras do kongo, por Elelo, (o rei dos Panos) Ntotela, Ntinu a Kongo e Weni W’ezulu (1859-1891). Entretanto, o Estado Português vinha já de há muito, tomando progressivamente conhecimento das mais secretas informações, numa fase que iria prolongar-se durante décadas, repletas de percalços, até à fixação do imposto de cubata, por volta do início da segunda década do século vinte. Dedicarei maior atenção a esta fase por ser nela que repousam documentos essenciais de cariz científico, testemunhos vivos, visto tratar-se de um passado mais recente.

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