Diversonagens suspersas
Meu verso, terno, vem do berço.
Não versejo porque quero,
E converso por conversar.
Para que sirvo se não para isto,
Pra ser vinte e pra ser visto,
Pra ser versa e pra ser vice,
Pra ser a supersuperfície
Onde o verbo vem ser mais?
Não sirvo para observar.
Verso, persevero e conservo.
Um susto de quem se perde
No exato lugar que está.
Onde estará meu verso?
Em algum lugar de um lugar,
Onde o avesso do inverso
Começa a ver e ficar.
Por mais prosas que eu perverta,
Não permita Deus que eu perca
Meu jeito de versejar.
(Paulo Leminski)
2 – Qual é o tema principal desse poema? Justifique.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
O poema fala dele que ele não serve e para ser
Explicação:
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