Dita crônica
Um dia desses estava assistindo a um filme que se passava no futuro. Uma das personagens da história era escritora, e numa determinada cena ela aparece escrevendo seu livro num dispositivo semelhante a um tablet. Um tablet ultramoderno. O processo acontecia via comando de voz. Ou seja, ela falava e as palavras apareciam na tela do aparelho. Fiquei transtornada.
Depois de alguns dias eu ainda estava pensando naquilo tudo. Não era apenas um detalhe o fato de a personagem ser escritora, era algo determinante. E ela autointitulava-se escritora o tempo todo. Amiga, você não é escritora, pensei. Você não está escrevendo, você está falando e uma máquina está transformando os sons que você emite em palavra, frases, parágrafos e assim por diante. Como disse, fiquei trans-tornada. [...]
[...] Eu vivi num tempo onde as coisas eram super diferentes do que são hoje. Eu levei rolos de filme para revelar [...]. Eu usava telefone fixo para falar com as minhas amigas da escola, eu ligava pra minha mãe do orelhão [...]. Eu usei internet discada, computador com monitor de tubo [...]!
Ou seja, teoricamente, as transformações em decorrência da tecnologia deveriam ser de fácil aceitação para mim. Por que então eu não podia conceber a ideia de “escrever” ditando palavras a um computador? [...]
Eu não posso! Jamais conseguiria! Impossível! Eu preciso escrever com as mãos! Preciso sentir o percurso do pensamento saindo da cabeça, descendo pelos braços até sair pelas pontas dos dedos. Eu preciso poder organizar as ideias na tela, dentro da cabeça elas formam uma balbúrdia! Se tiver que escrever falando, eu vou pifar o dispositivo ainda no primeiro parágrafo. [...]
Depois de me acalmar, ponderei que as mudanças ocorrem paulatinamente. Não é que um dia eu vou acordar e meu notebook terá sido levado para um antiquário junto com outros objetos ultrapassados [...]. Não. Calma. Todo mundo fica calmo. As formas de comunicação vão mudando, evoluindo, e as pessoas vão explorando novas capacidades e aprendendo novas competências. Pronto. Não é o fim do mundo. Acho. [...]
Nesse texto, a palavra “Amiga” (2º parágrafo) foi usada para
destacar uma qualidade.
demonstrar ciúmes.
indicar proximidade.
marcar um deboche.
mostrar infantilidade.
Soluções para a tarefa
Respondido por
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Resposta:
é a letra D *marcar um deboche.*
Explicação:
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