Filosofia, perguntado por beanunx, 10 meses atrás

distinguir a perspectiva de platão (natureza) da concepção de rousseau (convenção) acerca da desigualdade social

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Respondido por elamambretti
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Na perspectiva Platônica, o homem, como ser político, se distingue em uma justa desigualdade, isto é, a sociedade civil origina-se e justifica-se pelo fato de que sozinho ninguém pode ser suficiente ou bastar-se. Satisfazer todas as necessidades é associar-se e co-dividir as várias ocupações e habilidade.

Porém, Platão concebeu uma teoria política baseada na existência de três tipos de caráter que moldam as almas e seu equivalente justo dentro de uma hierarquia social:

O caráter concupiscível, o tipo de alma onde prevalece os desejos e as paixões mais animais, atributo dos artesãos e trabalhadores em geral.

O caráter irascível, é o tipo de alma em que  prevalecem os impulsos de ira e cólera, a agressividade e a força, atributos para um soldado.

O caráter racional é o tipo de alma, em que predomina a razão e atributo dos governantes e legisladores.

Para Rousseau, na espécie humana distingui-se em duas modalidades de desigualdade: natural ou física e moral ou política. A primeira consiste nas diferenças de idade, sexo, saúde ou força, enquanto a segunda nas diferenças de privilégios que uma parte goza em detrimento de outros, como ser mais rico, respeitado ou poderoso.

O homem em seu estado de natureza, o homem selvagem basta-se a si próprio, tem poucas paixões, como sexo, fome e dor e nenhum vínculo, ou seja, não tem nenhuma necessidade de seus semelhantes, assim como nenhum desejo de prejudicá-los.

Porém, no instante em que o homem teve necessidade do auxílio de outro, surge a concorrência e a rivalidade, a oposição de interesses e o desejo oculto de alcançar proveito à custa de outros, são os primeiros efeitos da propriedade e da desigualdade nascente.

Rousseau conclui que a desigualdade, sendo quase nula no estado de natureza, deve sua força e sua expansão ao desenvolvimento de nossas faculdades e dos progressos do espírito humano. Tornando-se estável e legítima, através da livre concordância, pelo estabelecimento da propriedade e das leis.

Bons estudos!

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