Disseram também que essas fazendas usam crianças como trabalhadores
porque fica mais barato. Quatro ou cinco custam o mesmo que um adulto,
comem menos, obedecem melhor e cada uma faz o trabalho de gente grande
O capataz da fazenda dizia que o dinheiro podia sobrar se a gente trabalhasse
direito. Ouvi falar de gente que saiu de lá com dívida, mas não com dinheiro.
Se pelo menos a gente estivesse se alimentando bem... Minha mãe não sabia
que a comida na fazenda era ruim. Achava que era frescura de criança. Mas
não era, não. De manhãzinha, café aguado com pão duro. No almoço, só coisa
de entupir - macarrão puro ou arroz com farinha.
Pro serviço na fazenda render, o capataz fazia a gente trabalhar firme. Eu
tenho catorze anos. Sou forte. Mas meus irmãos e um monte de outras
crianças com corpinho fraco faziam serviço pesado de adulto - roçar e capinar
era duro de lascar, mas a gente ainda aguentava. O pior era carregar carrinhos
de mão pesados, cheios de material para a lavoura.
Ninguém tem ideia da vida dura que a gente levava nessa fazenda dos Gerais
da Bahia.
Paula Saldanha. "Heróis dos Gerais". São Paulo, FTD, 1998, p 7-9.
Questão 1 - O objetivo do texto é:
( ) divulgar algo. ( ) noticiar um fato
( ) narrar uma história
Soluções para a tarefa
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Resposta:
(x) notíciar um fato.Adeus
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