Discorra sobre democracia, política e direito e estabeleça uma relação entre esses conceitos.
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Resposta:
A palavra “política” deriva do vocábulo grego πολις, cuja tradução latina é civitas. Como se sabe, na Grécia antiga, πολις era o nome dado a um modo de organização peculiar de uma comunidade. A peculiaridade dessa forma de organização entre os gregos decorria de esforços para mudar a maneira de se entender e ordenar a vida em sociedade. Tais esforços tornaram-se visíveis após as Guerras Persas (490-78 a.C.), aproximadamente coincidindo no tempo com o aparecimento da sofística e da filosofia. Essa transição estabeleceu a tendência de se relativizar o peso do costume tradicional (incluindo todas as suas crenças ancestrais e preconceitos) enquanto vetor determinante de identidades e de condutas moralmente valorizadas como boas.1 Nesse processo, ao lado das ações e declamações passionais, cuja vitalidade e eficácia derivavam do sentimento religioso, e paralelamente à celebração poética das crenças próprias à mitologia politeísta, emergiu um interesse na valorização da deliberação política. Isto ocorreu num momento em que se valorizava também o ideal de “razão”, ou λογος. Diferentemente das ações e declamações tradicionais, a deliberação política abria espaço para que regras como as da retórica e da dialética ou tópica indicassem os caminhos da superação dos desafios práticos da vida em sociedade.2
Explicação:
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Resposta:
A palavra “política” deriva do vocábulo grego πολις, cuja tradução latina é civitas. Como se sabe, na Grécia antiga, πολις era o nome dado a um modo de organização peculiar de uma comunidade. A peculiaridade dessa forma de organização entre os gregos decorria de esforços para mudar a maneira de se entender e ordenar a vida em sociedade. Tais esforços tornaram-se visíveis após as Guerras Persas (490-78 a.C.), aproximadamente coincidindo no tempo com o aparecimento da sofística e da filosofia. Essa transição estabeleceu a tendência de se relativizar o peso do costume tradicional (incluindo todas as suas crenças ancestrais e preconceitos) enquanto vetor determinante de identidades e de condutas moralmente valorizadas como boas.1 Nesse processo, ao lado das ações e declamações passionais, cuja vitalidade e eficácia derivavam do sentimento religioso, e paralelamente à celebração poética das crenças próprias à mitologia politeísta, emergiu um interesse na valorização da deliberação política. Isto ocorreu num momento em que se valorizava também o ideal de “razão”, ou λογος. Diferentemente das ações e declamações tradicionais, a deliberação política abria espaço para que regras como as da retórica e da dialética ou tópica indicassem os caminhos da superação dos desafios práticos da vida em sociedade.2