Discora sobre a felicidade com supremo bem?
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A felicidade com (ou como) supremo bem, apenas traduz o pensamento de São Tomaz de Aquino.
Além de teólogo, São Tomaz de Aquino revelava fortes “traços” filosóficos em suas ideias, pois utilizando-se do pensamento de Aristóteles, ele destacava que a contemplação e o conhecimento (humano) decorrem de intervenção divina.
Entretanto, é importantíssimo destacar que as obras de Aristóteles (que de alguma forma serviram de inspiração para São Tomaz de Aquino), não possuíam caráter cristão, judeu ou semelhante, pois Aristóteles pertencia a um “contexto clássico” da Filosofia Grega (portanto entre o período compreendido entre o século V e IV a.C.).
Ainda neste contexto, devemos ressaltar uma “particularidade” singular da Filosofia: a necessidade de um pensamento empírico, autoral ou experimental que se afaste da divindade. Assim não se cogita vincular o pensamento filosófico ao teológico.
Apesar disto, podemos perceber em Aristóteles uma interessante “inclinação” da concepção do pensamento contemplativo (análise racional dos fatos) frente a concepção do pensamento “divino”. Esta relação “paralela” surgiu quando Aristóteles conceituou Deus como Mente Suprema ou ainda o Pensamento de pensamento. (detalhe: esta constatação não foi verificada em Platão)
Portanto, voltando a São Tomaz de Aquino, ele procurou se distanciar das condições até então atribuídas a ética e as virtudes apenas como a doutrina “momentânea” dos costumes. Neste sentido foi além, ou seja, mesmo tendo Aristóteles como fonte de inspiração, ao afirmar que o fim supremo do conhecimento era de fato Deus, ele tentou relacionar este conhecimento a um bem “objetivo”, que sua posse resultaria necessariamente na felicidade, considerada por razões óbvias como um bem “subjetivo”.
Concluindo; então a felicidade seria considerada como o supremo bem, pois mesmo sendo um bem subjetivo, foi adquirida por meio de um bem objetivo, ou seja, o fim supremo do conhecimento: Deus.