Diretor do programa: Silêncio no estúdio. Gravando! (anuncia)
(Produção solta a vinheta)
Apresentador(a): No ar, mais uma edição do programa TeenConto. Agradecemos pela audiência. Hoje, entrevistaremos Ed Cerazer, estudante do 7º ano, da EE Consolação. Como vai Ed?
Ed: Muito bem!
Apresentador(a): Ed, o que você sente por ter atingido 1 milhão de seguidores em pouco tempo, por causa de uma aventura em um cemitério? Conte tudo!
Ed: Postei um vídeo no meu canal, relatando a história, e não é que o conteúdo “bombou”! Então,
minha professora de Língua Portuguesa pediu para fazer uma entrevista com alguém que exercesse
um bom trabalho. Conheço o João, coveiro que trabalha faz tempo no cemitério do meu bairro. Saí da
escola às 16h45 e fui pra lá. Entrei. Procurei o João e nada. Desisti. Caminhei para o portão de saída.
Puxei para abrir, mas estava trancado. Olhei em volta. Ninguém. Mexi na mochila para pegar meu celular. Sem bateria!
Apresentador(a): Qual foi a sensação de estar sozinho em um cemitério?
Ed: Senti um frio na barriga, as pernas queriam correr, mas estavam lá, paradas, como se tivessem
criado raízes. A frase “pernas, para que vos quero?” fez sentido pra mim, naquele exato momento.
Apresentador(a): Isso aconteceu em que horário?
Ed: Mais ou menos umas 18 horas. Acho que os portões fecharam às 17. Fiquei uma hora procurando uma saída.
Apresentador(a): Foi nessa uma hora que tudo aconteceu?
Ed: Sim. Uma hora de surpresa. Eu estava lá, mas ninguém me viu. O responsável por fechar os
portões deveria vistoriar tudo para ter certeza de que não teria ninguém no local. Fiquei preso, uma viva
alma encarcerada na morada dos mortos.
Apresentador(a): Conte-nos, como você resolveu esse problema?
Ed: Um gato de pelagem cinza, se aproximou, roçou minhas pernas e, como mágica, afastou de
mim o medo. Passei a segui-lo. O gato estava me guiando para algum lugar. Aqueles olhos vivos, verdes pareciam querer me levar para fora. Continuei a seguir o bichinho que me conduziu a alguns túmulos e miava quando queria que eu observasse os escritos das lápides.
Apresentador(a): Você notou algo estranho nisso?
Ed: No começo, sim, mas logo entendi que o felino queria que eu decifrasse um tipo de charada. “Conquiste a liberdade. Entenda-me!” foi o que li na primeira lápide.
Apresentador(a): O que houve depois? Conte para nossos espectadores.
Ed: O gato me levou até o túmulo de Tarsila do Amaral. Em seguida, me conduziu para o de Oswald de Andrade. Por último, fui levado a visitar o de Mario de Andrade. Em cada uma das lápides,
o gatinho acariciava com a pata direita os primeiros e os últimos nomes dessas pessoas. Só não apontou a palavra “Amaral”. Fui memorizando as palavras indicadas por ele. O que elas tinham em comum.
Apresentador(a): O que havia em comum?
Ed: Fui levado a mais uma pista. Em uma lápide, recém-colocada, estava escrito:
Os números para o lado de fora o levarão.
Dos primeiros nomes, o da mulher e os dos dois homens, separadamente somados,
três números em ordem decrescente terá.
Some os dois sobrenomes iguais, sem o “de”.
Insira a quantidade de túmulos dos artistas visitados.
Antes de todos somar, seis números terá.
Some todos e outros dois números surgirão.
Dessa soma, um número com dois algarismos obterá.
Organize os oito números na sequência que apareceram.
Enfim, liberto você estará.
Apresentador(a): Se você está com a gente aqui, significa que desvendou o enigma numérico. Como isso se deu?
Ed: O gato parou perto de mim. Olhei para medalha que ele carregava presa a uma coleira de
couro. Daí descobri tudo! Ele correu em direção a um muro localizado aos fundos da capela do cemitério. Fui atrás dele. Era o trecho mais baixo da parede. Pulou.
Apresentador(a): O que você fez?
Ed: Pulei o muro atrás dele. Já fora do cemitério, o gato se jogou no meu colo. Segurei-o.
Apresentador(a): Então, o gato é o herói dessa história? Surpreendente!
Ed: Surpreendente é a medalha com a inscrição 7 6 5 14 3 35 pendurada no pescoço dele.
Apresentador(a): Que número é esse?
Ed: É o número do telefone fixo lá de casa.
Apresentador(a): E o gato?
Ed: Desde aquele dia, mora comigo. O nome dele é Allan Poe.
Apresentador(a): Caros amigos que nos acompanham, ainda faltam informações para essa
co
Ed, agradecemos sua presença. Na próxima semana, você volta para nos ajudar a entender esse enigma e conferir as respostas de nossos espectadores. Então, lá vão nossas dicas:
- O que os números têm a ver com os nomes inscritos nas lápides?
- O que as inscrições nas lápides têm a ver com o número de telefone do Ed?
Não percam o próximo “TeenConto”, nosso programa de entrevistas inusitadas. Valeu!
(Produção solta a vinheta)
Texto cedido por Katia Pessoa, especialmente para esse material.
1 - Na entrevista a cima o entrevistado em questão foi ao cemitério com a intenção de entrevistar quem ? *
1 ponto
A) João , o coveiro .
B) José , o pedreiro .
C) O gato preto.
D) Manuel , o Coveiro.
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
Resposta:
A resposta certa é a letra (A)!
Pois nas primeiras falas o estudante afirma que foi ir entrevistar o João,o coveiro!
"Então,
minha professora de Língua Portuguesa pediu para fazer uma entrevista com alguém que exercesse
um bom trabalho. Conheço o João, coveiro que trabalha faz tempo no cemitério do meu bairro. Saí da
escola às 16h45 e fui pra lá.
Entrei. Procurei o João e nada. Desisti. Caminhei para o portão de saída. "
Essa é a afirmativa da minha resposta!
Espero ter ajudado!
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