Diga, em 15 linhas, o porquê do brasileiro não gostar de seguir regras.
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Do ponto de vista biológico, somos iguais "de fábrica": no lobo frontal do cérebro está a região responsável pela tomada de decisões, pela moral e o respeito às regras. Mas essa é a última região do cérebro humano a amadurecer. Como ela vai se desenvolver é parte de um processo complexo de educação, formação familiar, construção social e outras influências, que não são as mesmas para todos.
É nesse emaranhado de fatores biológicos, psicológicos e sociais que residem as respostas para algumas perguntas que vieram à tona na pandemia. Por que é tão difícil para algumas pessoas respeitarem regras de prevenção e cuidado, como o uso de máscaras e distanciamento social, em meio ao número expressivo de casos e óbitos por Covid-19 no país? E, sobretudo, por que outras acreditam que um diploma ou um cargo as eximem de obedecer normas que valem para o resto da sociedade?
"Uma coisa é como aprendemos as regras de forma geral, e outra é como as tornamos nossas e as obedecemos de forma autônoma" explica o psicanalista Christian Dunker, do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo).
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Psicanalistas analisam porque algumas pessoas resistem a obedecer leis
Agência O Globo
Publicado em 26/07/2020 às 06:51
Atualizado há 24/07/2021 às 16:41
O psicanalista Christian Dunker, do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo) (Divulgação)
O psicanalista Christian Dunker, do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo) (Divulgação)
Do ponto de vista biológico, somos iguais "de fábrica": no lobo frontal do cérebro está a região responsável pela tomada de decisões, pela moral e o respeito às regras. Mas essa é a última região do cérebro humano a amadurecer. Como ela vai se desenvolver é parte de um processo complexo de educação, formação familiar, construção social e outras influências, que não são as mesmas para todos.
É nesse emaranhado de fatores biológicos, psicológicos e sociais que residem as respostas para algumas perguntas que vieram à tona na pandemia. Por que é tão difícil para algumas pessoas respeitarem regras de prevenção e cuidado, como o uso de máscaras e distanciamento social, em meio ao número expressivo de casos e óbitos por Covid-19 no país? E, sobretudo, por que outras acreditam que um diploma ou um cargo as eximem de obedecer normas que valem para o resto da sociedade?
"Uma coisa é como aprendemos as regras de forma geral, e outra é como as tornamos nossas e as obedecemos de forma autônoma" explica o psicanalista Christian Dunker, do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo).
Pesquisadores associam o comportamento à ideia de narcisismo: a lei foi feita não para todo mundo, mas para punir alguns e privilegiar outros. "É um entendimento atrasado", diz Dunker. "Mas bastante presente na sociedade brasileira".
Na última semana, chamou a atenção o caso do desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que rasgou uma multa e insultou guardas municipais que o advertiram por circular sem máscara em Santos, no litoral paulista. Ele pediu desculpas cinco dias depois, após forte repercussão negativa do caso.
"Para ele, a decisão de não usar a máscara possivelmente estava certa, porque essa foi a construção mental que o levou a agir assim. O fato de existir uma punição para andar sem máscara poderia até ter o levado a seguir a regra. Mas existe ainda outro fator que altera o comportamento humano, que se chama poder", explica a biomédica Liana Guerra Sanches, coordenadora de Neurociências do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein, em SP.
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Shaylla Castro...