Diferencie crenças e mitos de teorias ou fatos científicos acerca do surgimento da vida.
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Resposta:
Um exemplo famoso de mito a respeito do surgimento da vida é o do livro "Gênesis" que se encontra na Bíblia. Um mito ou crença não se baseia em evidências mas sim em uma determinada cultura de um povo. Já teorias ou fatos cientificos se baseiam em provas, evidências e estudos por parte dos cientistas. Há também teorias que não são consideradas fatos científicos por falta de aprovação da comunidade científica, porém estes últimos não são considerados mitos por terem um mínimo de fundamento em alguma evidência. Ou seja, uma história é considerada um mito ou crença quando não é baseada em evidências.
As crenças, mitos e fatos científicos mais importantes acerca do surgimento da vida são:
Abiogênese
A abiogênese era uma crença difundida - tanto na sociedade quanto na comunidade científica - de que a vida surgia espontaneamente, ou seja, não precisava de um processo reprodutivo, como fecundação ou divisão assexual, para que um novo ser fosse gerado. A essa teoria dá-se o nome de abiogênese. A abiogênese era tida como verdade pois ela provinha da observação.
Qualquer pessoa que deixar restos de comida acumularem em local indevido vai poder observar, em pouco tempo, o surgimento de larvas. Com isso as pessoas acreditavam que os seres surgiam "do nada", ou espontaneamente, e até mesmo criavam e disseminavam receitas para criar ratos, por exemplo.
Fixismo
Uma das primeiras teorias sobre o surgimento e desenvolvimento da vida foi a Teoria do Fixismo, anterior à Teoria da Evolução de Charles Darwin.
O fixismo foi criado pelos filósofos gregos e explicava que as espécies eram imutáveis, desde sua criação e até o fim dos tempos. Essa teoria tem grande relação com o que a Igreja sempre pregou, de que Deus havia criado a Terra e seus habitantes do exato jeito que conhecemos atualmente.
Panspermia
A panspermia é uma das hipóteses a respeito do surgimento da vida na Terra. Enquanto a hipótese heterotrófica explica que a vida surgiu a partir de reações entre diferentes moléculas na terra primitiva, dando origem a um ser muito simples, a panspermia defende que a primeira célula viva veio do ambiente extra terrestre.
Essa célula simples teria colonizado algum astro ou fragmentos de asteroides e chegado à Terra por meio de alguma colisão. Com isso, aqui ficaram e se desenvolveram dando origem à vida terrestre.
Hipótese heterotrófica
Atualmente essa é a hipótese científica mais aceita como verdade a respeito do surgimento da vida.
A composição química da atmosfera primitiva foi fundamental para o surgimento da vida. Experimentos realizados por Miller e Urey indicam que a atmosfera primitiva era composta por metano (CH4), amônia (NH3), hidrogênio (H2) e vapor d’água (H2O). Essas substâncias, junto de modificações pelas quais a Terra passava, como as descargas elétricas e excesso de radiação devido à ausência de uma camada de ozônio, fizeram com que moléculas simples reagissem e se unissem em moléculas mais complexas.
A união dessas moléculas originou os coacervados, substâncias orgânicas isoladas do meio. É importante reforçar que os coacervados não eram e nem se tornaram seres vivos, mas sua formação pode explicar como ocorreu a formação da primeira célula viva.
A hipótese heterotrófica afirma que os primeiros seres vivos se alimentavam de substâncias orgânicas como os coacervados, pois eles não tinham condições de produzir o próprio alimento (eram heterótrofos). Como esse ambiente era pobre em oxigênio, os primeiros seres não tinham como fazer respiração celular, portanto produziam energia a partir do processo de fermentação.
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