diferenciar o cristianismo ocidental do cristianismo oriental
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Distingamos entre os cristãos orientais unidos aos ocidentais (fazendo parte da Igreja universal) e os cristãos orientais separados (ou cismáticos).
Os orientais unidos prestam obediência ao Santo Padre, o Papa, e professam as mesmas verdades de fé que os [católicos] ocidentais.
Destes apenas diferem em pontos secundários, como sejam: a língua, as cerimônias da sua liturgia (batizam por imersão, distribuem a Sagrada Comunhão sob as duas espécies…), e algumas observâncias de Direito Canônico (permitem, por exemplo, que um subdiácono casado receba as ordens maiores; não, porém, que um diácono ou um sacerdote se casem). Essas diferenças se devem a tradições locais, correspondentes à índole própria dos diversos povos; não atingem questões essenciais de fé ou disciplina; foram, aliás, promulgadas pelo Código de Direito Oriental recém-elaborado em Roma.
Quanto aos orientais cismáticos, não reconhecem (é claro) o Chefe Supremo da Cristandade [=o Papa].
A maioria desses cristãos constitui o que se chama “Igreja Ortodoxa”, separada de Roma desde 1054. Professam a fé dos sete primeiros Concílios Ecumênicos (Gerais), dos quais o último se reuniu em Niceia no ano de 787. O seu título de “ortodoxas” lhes vem do fato de que sempre defenderam a reta doutrina contra as grandes heresias que devastaram a cristandade até 737. Não reconhecem algumas das verdades da fé que, contidas na Revelação escrita ou oral, só na Idade Média ou em tempos mais recentes foram claramente formuladas ou definidas pela Igreja; assim, negam que o Espírito Santo proceda do Filho, tal como procede do Pai; não aceitam o dogma da Imaculada Conceição; algumas de suas crenças após o séc. XVI foram mesmo afetadas pelo Racionalismo e o Protestantismo. Conservam, porém, os mesmos [sete] sacramentos que os ocidentais.
Em geral, cada nação da Cristandade oriental constitui uma Igreja autocéfala, governada por um Patriarca ou Metropolita próprio; contam-se [em 1957] quinze dessas comunidades independentes: o Patriarcado de Constantinopla (que possui sobre os demais um primado meramente honorífico), o patriarcado de Alexandria, o de Antioquia, o de Jerusalém, a Igreja de Chipre, o Arcebispado do Monte Sinai, a Igreja Russa, o Catolicado da Geórgia, a Igreja da Bulgária, o Patriarcado da Sérvia, o Patriarcado da Rumênia, a Igreja grega, a Igreja polonesa, a Igreja Albanesa e a Igreja da Letônia. Reunidos, esse diversos grupos perfazem um total de cerca de 150 milhões de cristãos. Os cismáticos, assim divididos, se vêem num regime religioso precário; estão muito sujeitos à ingerência indevida do poder civil e julgam (não sem tristeza de alma) que, desde o sétimo concílio ecumênico (787), a Igreja universal como tal não se reúne mais para se manifestar.
Em matéria de disciplina, também têm suas observâncias próprias: costumam crismar logo depois do batismo, permitem o divórcio em caso de adultério, frequentam assaz raramente a Sagrada Eucaristia. Muitos dos fiéis que vivem no cisma estão de boa fé, dando não raro provas de sincera piedade; os orientais têm, sim, uma alma profundamente religiosa.
Além da avultada família dos cristãos ortodoxos orientais, há outros de menor importância, que de modo nenhum merecem o título de “ortodoxos”; com efeito, separaram-se da Igreja Universal nos séc. V/VI para professar as grandes heresias cristológicas: o Nestorianismo (“em Cristo há duas naturezas e duas pessoas”) e o Monofisitismo (“[em Cristo há] uma só natureza e uma só pessoa”). Tais são os chamados Jacobitas (na Síria), Coptas (no Egito), grupos de armênios, etc. Essas denominações, como se compreende, distam da Igreja Ocidental muito mais do que as outras.
Algumas comunidades que viviam no cisma voltaram à unidade da Igreja. Tal seria o caso, por exemplo, dos Maronitas. Estes devem seu nome a uma colônia de monges que se estabeleceu no Líbano, tendo por pai espiritual o eremita Maron (séc. IV/V). Segundo alguns historiadores, no séc. VII aderiram a uma modalidade de Monofisitismo: o Monotelitismo (“em Cristo há uma só vontade: a vontade divina”). Em 1181, porém, (dizem os mesmos autores) cerca de 40.000 libaneses maronitas voltaram à Igreja Universal; e os restantes os seguiram em 1445.
Em consequência da volta de cristãos separados à Igreja, acontece que uma só e mesma denominação pode, às vezes, designar cismáticos e unidos: há, por exemplo, o Patriarcado católico (unido) de Antioquia, como há o Patriarcado cismático do mesmo título.
Os orientais unidos prestam obediência ao Santo Padre, o Papa, e professam as mesmas verdades de fé que os [católicos] ocidentais.
Destes apenas diferem em pontos secundários, como sejam: a língua, as cerimônias da sua liturgia (batizam por imersão, distribuem a Sagrada Comunhão sob as duas espécies…), e algumas observâncias de Direito Canônico (permitem, por exemplo, que um subdiácono casado receba as ordens maiores; não, porém, que um diácono ou um sacerdote se casem). Essas diferenças se devem a tradições locais, correspondentes à índole própria dos diversos povos; não atingem questões essenciais de fé ou disciplina; foram, aliás, promulgadas pelo Código de Direito Oriental recém-elaborado em Roma.
Quanto aos orientais cismáticos, não reconhecem (é claro) o Chefe Supremo da Cristandade [=o Papa].
A maioria desses cristãos constitui o que se chama “Igreja Ortodoxa”, separada de Roma desde 1054. Professam a fé dos sete primeiros Concílios Ecumênicos (Gerais), dos quais o último se reuniu em Niceia no ano de 787. O seu título de “ortodoxas” lhes vem do fato de que sempre defenderam a reta doutrina contra as grandes heresias que devastaram a cristandade até 737. Não reconhecem algumas das verdades da fé que, contidas na Revelação escrita ou oral, só na Idade Média ou em tempos mais recentes foram claramente formuladas ou definidas pela Igreja; assim, negam que o Espírito Santo proceda do Filho, tal como procede do Pai; não aceitam o dogma da Imaculada Conceição; algumas de suas crenças após o séc. XVI foram mesmo afetadas pelo Racionalismo e o Protestantismo. Conservam, porém, os mesmos [sete] sacramentos que os ocidentais.
Em geral, cada nação da Cristandade oriental constitui uma Igreja autocéfala, governada por um Patriarca ou Metropolita próprio; contam-se [em 1957] quinze dessas comunidades independentes: o Patriarcado de Constantinopla (que possui sobre os demais um primado meramente honorífico), o patriarcado de Alexandria, o de Antioquia, o de Jerusalém, a Igreja de Chipre, o Arcebispado do Monte Sinai, a Igreja Russa, o Catolicado da Geórgia, a Igreja da Bulgária, o Patriarcado da Sérvia, o Patriarcado da Rumênia, a Igreja grega, a Igreja polonesa, a Igreja Albanesa e a Igreja da Letônia. Reunidos, esse diversos grupos perfazem um total de cerca de 150 milhões de cristãos. Os cismáticos, assim divididos, se vêem num regime religioso precário; estão muito sujeitos à ingerência indevida do poder civil e julgam (não sem tristeza de alma) que, desde o sétimo concílio ecumênico (787), a Igreja universal como tal não se reúne mais para se manifestar.
Em matéria de disciplina, também têm suas observâncias próprias: costumam crismar logo depois do batismo, permitem o divórcio em caso de adultério, frequentam assaz raramente a Sagrada Eucaristia. Muitos dos fiéis que vivem no cisma estão de boa fé, dando não raro provas de sincera piedade; os orientais têm, sim, uma alma profundamente religiosa.
Além da avultada família dos cristãos ortodoxos orientais, há outros de menor importância, que de modo nenhum merecem o título de “ortodoxos”; com efeito, separaram-se da Igreja Universal nos séc. V/VI para professar as grandes heresias cristológicas: o Nestorianismo (“em Cristo há duas naturezas e duas pessoas”) e o Monofisitismo (“[em Cristo há] uma só natureza e uma só pessoa”). Tais são os chamados Jacobitas (na Síria), Coptas (no Egito), grupos de armênios, etc. Essas denominações, como se compreende, distam da Igreja Ocidental muito mais do que as outras.
Algumas comunidades que viviam no cisma voltaram à unidade da Igreja. Tal seria o caso, por exemplo, dos Maronitas. Estes devem seu nome a uma colônia de monges que se estabeleceu no Líbano, tendo por pai espiritual o eremita Maron (séc. IV/V). Segundo alguns historiadores, no séc. VII aderiram a uma modalidade de Monofisitismo: o Monotelitismo (“em Cristo há uma só vontade: a vontade divina”). Em 1181, porém, (dizem os mesmos autores) cerca de 40.000 libaneses maronitas voltaram à Igreja Universal; e os restantes os seguiram em 1445.
Em consequência da volta de cristãos separados à Igreja, acontece que uma só e mesma denominação pode, às vezes, designar cismáticos e unidos: há, por exemplo, o Patriarcado católico (unido) de Antioquia, como há o Patriarcado cismático do mesmo título.
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CRISTIANISMO OCIDENTAL.
Refere-se a igrejas típicas da Europa ocidental como (a igreja católica romana, o anglocatolicismo, o jansenismo, a igreja católica liberal, etc. Enquanto o cristianismo oriental, desenvolveu-se em torno da Europa Oriental e Oriente Médio, como (as igrejas católicas orientais e as Igrejas ortodoxas orientais) daí o nome.
CRISTIANISMO ORIENTAL .
Denomina-se cristianismo oriental o conjunto das tradições e igrejas cristãs que se desenvolveram nos Balcãs, Europa Oriental, Ásia Menor, Oriente Médio, Igrejas da África e Índia no transcorrer de vários séculos de religiosidade.
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