diferenças culturais entre as sociedades indígenas da América portuguesa e as sociedades indígenas da América espanhola.
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Resposta:
Primeiramente deve-se considerar a heterogeneidade cultural dos povos da América
espanhola, variando de povos de alta cultura (Astecas, Mais e Incas), sedentários, domesticando animais e praticando uma agricultura regular, metalurgia, com
expressivo grau de organização e desenvolvimento político e religioso, além de
relações sociais estratificadas e hierarquizadas, paralelamente convivendo com
povos nômades, sem agricultura regular e diferentes organizações sociais. Isso
foi determinante para que o colonizador espanhol também empregasse diferentes
estratégias de dominação, preservando a mão de obra e os conhecimentos dos
povos de alta cultura, notadamente nas regiões mineradoras e de agricultura para
o mercado interno, usando da mita e da encomenda como relações de trabalho e,
no caso dos povos não atendiam aos interesses dos colonizadores, transformaram
suas áreas de caça e coleta em regiões produtoras, levando-os ao extermínio. Pelo
nível da elite nativa encontrada, espanhóis tiveram de implantar centros educacionais no modelo europeu, com participação majoritária de europeus residentes
ou seus descendentes. Algumas poucas vagas eram reservadas para membros
da nobreza indígena, até como forma de inseri-los nos moldes educacionais e
ideológicos da metrópole.
No caso da América portuguesa, os povos indígenas encontrados eram, majoritariamente, de baixa cultura, não atendendo aos interesses metropolitanos e, também
como no caso da América Espanhola, a presença colonizadora e o impacto causado pelas atividades produtoras introduzidas também promoveu o aniquilamento
de povos.
Não se pode deixar de citar a importância das missões jesuíticas no meio indígena,
tanto na América Espanhola quanto na Portuguesa, servindo como elemento de
aculturação dos povos indígenas.
Espero ter ajudado.