Diante da urgência de socorro a agentes econômicos em dificuldade, por causa da covid-19 e da necessidade de recuperação da economia brasileira no pós-pandemia, alternativas como a emissão de moeda para o financiamento do Estado ganharam a simpatia de alguns especialistas. Esse tipo de medida, que encontra espaço na chamada Teoria Monetária Moderna, é criticado por levar ao aumento de gastos públicos e desorganizar a economia. O grande defensor dessa medida no Brasil é o economista André Lara Resende, um dos pais do Plano Real. SENADO FEDERAL. Aos 26 anos, o real enfrenta mais um desafio, com pandemia, recessão e endividamento. Acesso em: 15 Jul. 2020. Assim com base nessas informações responda: No cenário pós-pandemia, mesmo com a grave recessão econômica, há algum risco de retorno da inflação?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Explicação:
O risco para o real está associado às contas externas e fiscais que fazem parte da balança de pagamentos e registram todas as transações que um país estabelece com outros territórios ou governos do mundo. Essas transações consistem em importações e exportações de bens, serviços e capitais, como remessas de dinheiro e pagamentos. Se o país não fizer a lição de casa e não retomar uma agenda de austeridade fiscal, o que significa cortar gastos e/ou aumentar receitas, pode haver saída de capitais, depreciação cambial [desvalorização da moeda brasileira], aumento dos preços dos produtos importados, incluindo bens finais e componentes para produção doméstica, com efeitos sobre a inflação. Mas esse quadro não seria de descontrole inflacionário. O Brasil seria pego com juros historicamente baixos e poderia voltar a aumentá-los para fazer frente a esse processo. Obviamente, cresceríamos menos, mas a moeda teria seu valor preservado e os riscos inflacionários seriam, provavelmente, debelados.