Dialogando com o texto 1. Porque o camponês Fernando Araújo dos Santos foi assassinado?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Em nota conjunta, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra vem à público questionar o assassinato de Fernando Santos do Araújo na noite de 26 de janeiro último. Fernando era a principal testemunha do Massacre de Pau D’Arco e foi executado a tiros ontem no Pará.
A Nota destaca que “Fernando morreu. O tiro que o vitimou, fez também outras vítimas. Atingiram a todos nós que lutamos pelo direito à terra no Pará, Amazônia e no país. Sua morte nos obriga a perguntar: Quem matou Fernando? Quem mandou matar Fernando?”.
Confira na íntegra:
NOTA PÚBLICA – Quem Matou Fernando?
Fernando dos Santos Araújo, 39 anos, trabalhador rural, sem-terra, sobrevivente do Massacre de Pau D’Arco, homem gay e militante camponês, foi executado com um tiro na noite do dia 26 de janeiro de 2021. Fernando era testemunha chave no processo criminal que investiga a participação de policiais civis e militares na maior chacina contra trabalhadores rurais desde Eldorado dos Carajás.
Em maio de 2017, no interior da Fazenda Santa Lúcia, no município de Pau D’Arco, sul do Pará, uma operação das polícias civil e militar paraenses resultou no assassinato de dez trabalhadores rurais. Eram nove homens e uma mulher, Jane Júlia, liderança e, hoje, mártir do movimento. Tendo visto o próprio namorado ser executado pelos policiais durante a chacina, Fernando conseguiu fugir, sobrevivendo ao cerco policial.
Quase quatro anos depois, os 16 policiais denunciados pela participação no massacre estão em liberdade, e o inquérito que investiga os mandantes do crime não resultou em nenhum indiciamento. Enquanto isso, o advogado dos sobreviventes, José Vargas, foi preso e continua em prisão domiciliar, sob a acusação de participação em um crime que de acordo com sua defesa, ele não teve qualquer participação. Nos causa preocupação adicional o fato de Fernando ter sido assassinado apenas um dia depois da liberação de Vargas da cadeia.
Vargas tem atuação destacada na defesa dos direitos de trabalhadores e trabalhadoras rurais na luta pela terra no sul do Pará, tornando-se amplamente conhecido, devido sua corajosa atuação em defesa das vítimas do massacre de Pau D’Arco. Recebeu ameaças, ausentou-se da região por um período e foi inserido no Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos. A prisão de Vargas acirra a vulnerabilidade a que as famílias da ocupação Jane Júlia estão expostas – sobretudo, dos sobreviventes da chacina.
Fernando morava em um lote na ocupação da Fazenda Santa Lúcia. No episódio do massacre, todos sobreviventes tiveram que sair da área. Contudo, ainda em 2017, a fazenda foi novamente ocupada por dezenas de famílias, que criaram o Acampamento Jane Júlia.
Um dos primeiros a integrar o grupo da ocupação, Fernando resistiu junto a companheiros e companheiras, no decurso de sucessivas tentativas de despejos que aconteceram na área, a mando de fazendeiros. A comunidade reivindica a implementação de um assentamento de reforma agrária no local.
Os depoimentos de Fernando e de outros sobreviventes foram, desde o início, fundamentais para elucidação do caso, antecipando o que os laudos de perícia técnica viriam a confirmar sobre a chacina. Tendo sobrevivido, foi, a um só tempo, vítima e testemunha ocular de um crime abominável, cuja repercussão nacional e internacional é mais uma ferida exposta de nosso país.
Sob forte ameaça e pressão, Fernando entrou para o Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas, tendo saído da região por um tempo. Optou, contudo, por retornar a seu território, na esperança de conseguir um lote de reforma agrária com a criação do assentamento para as dezenas de famílias do Acampamento Jane Júlia.
espero ter ajudado
e
bons estudos
Resposta:
ele tinha testemunhado o assasinato de 10 trabalhadores rurais
Explicação: