diagnostico obto fetal
Soluções para a tarefa
Vale ressaltar, a princípio, o diagnóstico de óbito intra-uterino. Geralmente, o exame obstétrico é muito claro e, na maioria dos casos, fornece o diagnóstico. A gestante refere a ausência da movimentação fetal, anteriormente percebida, e a redução do volume abdominal. O médico detectará a redução da altura uterina e a ausência de batimentos cardíacos fetais à ausculta. Apesar desses dados semióticos, o diagnóstico conclusivo é realizado pelo exame de ultrassonografia. Este, além de outros sinais, identificará a ausência dos batimentos cardíacos fetais. A somatória do exame clínico com a ultrassonografia não dará dúvidas quanto ao que está acontecendo: ou o feto está vivo ou morto. Uma vez concluído o diagnóstico de óbito intra-uterino, resta estabelecer a conduta. Na grande maioria dos casos, a conduta é expectante, isto é, aguarda-se o desencadeamento espontâneo do trabalho de parto. Uma vez instalado, o parto ocorre pelas vias naturais. Porém, não é aconselhável a espera por muito tempo. Sabe-se que, uma vez ocorrido o óbito e o não nascimento depois de 4 a 5 semanas, estabelece-se a Síndrome de Feto Morto Retido. Esta situação poderá determinar no organismo materno alterações sérias no sistema de hemostasia e coagulação. Tais modificações podem levar a hemorragias maternas importantes durante o parto do feto morto. Diante do exposto, uma vez adotada a conduta expectante o parto não se desencadear espontaneamente dentro de 4 a 5 semanas, deve o obstetra indicar a conduta ativa. Se as condições obstétricas permitirem, deverá induzir (desencadear o trabalho de parto artificialmente) através de medicações (ocitócicos sintéticos e/ou prostaglandinas); por outro lado, se as condições obstétricas não permitirem, poderá optar pela operação cesariana.