Deveria ter meu inferno pela cólera, meu inferno pelo orgulho, – e o inferno da carícia; um concerto de infernos. Morro de lassidão. É a tumba, vou para os vermes, horror dos horrores! Satã, farsante, queres me diluir com teus feitiços. Me queixo. Me queixo! Um golpe do tridente, uma gota de fogo. emporada no inferno.
A leitura do fragmento acima permite identificar a presença de:
A) uma negatividade inspirada no paganismo greco-latino.
B) uma busca incessante pela morte como forma de se livrar do sofrimento terreno.
C) uma preferência por cenários bélicos e estarrecedores.
D) uma influência das doutrinas filosóficas materialistas.
E) um subjetivismo materializado no pessimismo da descrição.
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Opção E. Trata-se de um excerto do poema "A noite do inferno", do poeta francês Arthur Rimbaud.
- O eu lírico faz um paralelismo entre as sensações físicas experimentadas ao longo de uma noite, como a lassidão, e os tormentos do Inferno.
- É uma visão subjetiva, que mescla sensualidade com negatividade.
Rimbaud e o simbolismo
O francês Arthur Rimbaud (1854-1891) é um expoente do simbolismo, escola literária que tem entre seus temas a subjetividade e a sensualidade.
As alternativas oferecidas no exercício trazem detalhes:
- A. Incorreta. A inspiração não é no paganismo latino, mas na mitologia cristã, tendo em vista as alusões a Satã e ao Inferno.
- B. Incorreta. O eu lírico não busca morte, mas fala em tentações.
- C. Incorreta. Não há alusões a cenários de guerra ou bélicos.
- D. Incorreta. Pelo contrário, o poema, como obra simbolista, é mais espiritual que materialista.
- E. Correta. Trata-se de subjetividade mesclada com pessimismo.
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