Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?
Qual Prometeu tu me amarraste um dia
Do deserto na rubra penedia
- Infinito: galé!...
Por abutre – me deste o sol candente,
E a terra de Suez – foi a corrente
Que me ligaste ao pé...
(...)
Cristo! Embalde morreste sobre um monte...
Teu sangue não lavou de minha fronte
A mancha original.
Ainda hoje são, por fado adverso,
Meus filhos – alimária do universo,
Eu – pasto universal...
Hoje em meu sangue a América se nutre
- Condor que transformara-se em abutre,
Ave da escravidão,
Ela juntou-se às mais... irmã traidora
Qual de José os vis irmãos outrora
Venderam seu irmão.
Basta, Senhor! De teu potente braço
Role através dos astros e do espaço
Perdão p’ra os crimes meus!...
Há dois mil anos... eu soluço um grito...
Escuta o brado meu lá no infinito,
Meu Deus! Senhor, meu Deus!!...
Entendendo o Poema:
1)O fragmento desse poema de Castro Alves fala:
a) da religiosidade do povo africano
b) da exploração do território africano
c) da escravidão do povo africano
d) da história do povo africano.
2)“Hoje em meu sangue a América se nutre”
Quando se refere à América, ele expressa:
a) um elogio
b) um questionamento
c) uma lamentação
d) uma acusação.
3) No verso “ Há dois mil anos... eu soluço um grito...”
O que o autor está se referindo nesse verso?
Soluções para a tarefa
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Resposta:
(D) (C) Que os negros sofriam
Explicação:
e so isso mesmo
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