Determine o conjunto das soluções reais da equação:
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Resolver a equação trigonométrica:
3 cossec² (x/2) – tg² x = 1
Primeiro, reescrevemos convenientemente os termos da equação:
3 cossec² (x/2) – tg² x – 1 = 0
3 cossec² (x/2) – (tg² x + 1) = 0
Mas tg² x + 1 = sec² x. Assim, a equação fica
3 cossec² (x/2) – sec² x = 0
Como a cossecante é o inverso do seno, e a secante é o inverso do cosseno, podemos multiplicar ambos os lados por sen² (x/2) · cos² x, pois aqui essa expressão é sempre diferente de zero (condição de existência):
[3 cossec² (x/2) – sec² x] · sen² (x/2) · cos² x = 0 · sen² (x/2) · cos x
3 cossec² (x/2) · sen² (x/2) · cos² x – sec² x · sen² (x/2) · cos² x = 0
3 cos² x · [cossec² (x/2) · sen² (x/2)] – sen² (x/2) · [sec² x · cos² x] = 0
As expressões entre colchetes valem 1, pois são produtos de funções recíprocas. Então, a equação fica
3 cos² x · [1] – sen² (x/2) · [1] = 0
3 cos² x – sen² (x/2) = 0
(√3 cos x)² – [sen (x/2)]² = 0
Fatorando a diferença de quadrados no lado esquerdo via produtos notáveis,
[√3 cos x – sen (x/2)] · [√3 cos x + sen (x/2)] = 0
Usando uma das identidades do cosseno do arco duplo
• cos x = 1 – 2 sen² (x/2) ⇔ sen² (x/2) = (1/2) · (1 – cos x)
a equação fica
[√3 · (1 – 2 sen² (x/2)) – sen (x/2)] · [√3 · (1 – 2 sen² (x/2)) + sen (x/2)] = 0
[√3 – 2√3 sen² (x/2) – sen (x/2)] · [√3 – 2√3 sen² (x/2) + sen (x/2)] = 0
Para simplificar mais os radicais, podemos multiplicar os dois lados por (– √3) · (– √3):
(– √3) · [√3 – 2√3 sen² (x/2) – sen (x/2)] · (– √3) · [√3 – 2√3 sen² (x/2) + sen (x/2)] = 0
[– 3 + 6 sen² (x/2) + √3 sen (x/2)] · [– 3 + 6 sen² (x/2) – √3 sen (x/2)] = 0
[6 sen² (x/2) + √3 sen (x/2) – 3] · [6 sen² (x/2) – √3 sen (x/2) – 3] = 0
Fazendo uma mudança de variável,
sen(x/2) = t, – 1 ≤ t ≤ 1, t ≠ 0 e | t | ≠ 1/√2
a equação fica
(6t² + √3 · t – 3) · (6t² – √3 · t – 3) = 0
6t² ± √3 · t – 3 = 0 (i)
Acima, temos uma equação produto, cujos fatores são polinômios quadráticos na variável t. Vamos resolvê-las separadamente e depois fazer a união de todas as soluções:
• 6t² + √3 · t – 3 = 0 ———> a = 6; b = √3; c = – 3
Δ = b² – 4ac
Δ = (√3)² – 4 · 6 · (– 3)
Δ = 3 + 72
Δ = 75
Δ = 5² · 3
t = (– b ± √Δ)/(2a)
t = [– √3 ± √(5² · 3)]/(2 · 6)
t = (– √3 ± 5√3)/12
t = (– √3 – 5√3)/12 ou t = (– √3 + 5√3)/12
t = – (6√3)/12 ou t = (4√3)/12
t = – (√3)/2 ou t = (√3)/3 (ii)
• 6t² – √3 · t – 3 = 0 ———> a = 6; b = – √3; c = – 3
Δ = b² – 4ac
Δ = (– √3)² – 4 · 6 · (– 3)
Δ = 3 + 72
Δ = 75
Δ = 5² · 3
t = (– b ± √Δ)/(2a)
t = [– (– √3) ± √(5² · 3)]/(2 · 6)
t = (√3 ± 5√3)/12
t = (√3 – 5√3)/12 ou t = (√3 + 5√3)/12
t = – (4√3)/12 ou t = (6√3)/12
t = – (√3)/3 ou t = (√3)/2 (iii)
—————
Unindo as soluções obtidas em (ii) e (iii), tiramos que
t = ± (√3)/2 ou t = ± (√3)/3
que é equivalente a escrever
| t | = (√3)/2 ou | t | = (√3)/3
ou ainda,
t² = 3/4 ou t² = 1/3
Substituindo de volta para a variável x, obtemos
sen² (x/2) = 3/4 ou sen² (x/2) = 1/3
Use novamente a identidade do cosseno do arco duplo para sen² (x/2):
(1/2) · (1 – cos x) = 3/4 ou (1/2) · (1 – cos x) = 1/3
1 – cos x = 3/2 ou 1 – cos x = 2/3
cos x = 1 – (3/2) ou cos x = 1 – (2/3)
cos x = – 1/2 ou cos x = 1/3 (iv)
Agora, temos duas equações trigonométricas na forma elementar. A solução para a equação da forma
cos x = p
é expressa por
x = ± arccos(p) + k · 2π, onde – 1 ≤ p ≤ 1, com k inteiro.
Então, por (iv), devemos ter
x = ± arccos(– 1/2) + k · 2π ou x = ± arccos(1/3) + k · 2π
x = ± 2π/3 + k · 2π ou x = ± arccos(1/3) + k · 2π <——— soluções
com k inteiro.
Bons estudos! :-)
viniciusredchil:
Obrigado!! =)
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