Destaque alguns conflitos e tensões existentes no mundo contemporâneo:
Soluções para a tarefa
• caso do Exército Republicano Irlandês (IRA), partidário da autonomia dos católicos, grupo minonitánio na Irlanda do Norte, uma província do Reino Unido (de maioria protes¬tante). Acordo de paz assinado em 1998.
• A questão dos bascos na Espanha, movimento nacionalistas pela independência do País Basco – encravado no norte da Espanha e a s sudoeste da França – que tem uma cultura diferenciada sobretudo pela língua o Euskara, não latina. O grupo separatista ETA (Pátria Basca e Liberdade) abala a nação espanhola com violentos atentados terroristas.
• As invasões das forças russas na Repúbli¬ca Separatista da Tchetchênia. Algumas das dezenas de nacionalidades que compõem a Rússia começaram a se revoltar contra o governo central de Moscou, após a desintegração da URSS, em 1991, declarando-se independentes. Na Tchetchênia e depois no Daguestão – pequena República na região do Cáucaso - milicianos mulsumanos lutam pela autonomia, colocando em xeque a capa- cidade da Rússia, tanto do ponto de vista político como do ponto de vista militar, de resolver seus assuntos internos. A repressão do exército russo é intensa.
• As guerras resultantes do processo de dissolução da Iugoslávia, país que já ocupou boa parte da península balcânica, estado multiétnico, marcado pela hegemonia sérvia contra os povos da região: estovenos, croatas, bósnio-muçulmanos, montenegninos, mace¬dônios, albaneses e húngaros. O conflito mais violento foi na Bósnia-Herzegóvina (1992 a 1995), opondo sérvios a uma aliança muçulma¬na-croata. Os sérvios praticaram a chamada “limpeza étnica” como estratégia de guerra : expulsaram grupos rivais das áreas sob sua ocupação, chacinaram civis e estabeleceram campos de concentração. Croatas e bósnio-mu¬çulmanos, em menor escala, também pratica¬ram massacres. A prática criminosa da “Limpeza étnica” estendeu-se a Kosovo — província do sul do país —, cuja população (basicamente albanesa) foi violentada, assassinada e siste¬maticamente expulsa pelo exército da Iugoslá¬via. Apesar de não ter tido a aprovação unânime da comunidade internacional, a OTAN interferiu no conflito, realizando bombardeios con¬tra a Iugoslávia e contra as tropas sérvias em Kosovo, em defesa da integridade da popula¬ção Local. Essa ação militar possibilitou aos albaneses o retorno à província. Os kosovares conseguiram, assim, autonomia política em re¬lação a Belgrado, mas mantêm vínculos econô¬micos com a Iugoslávia.
Mais recentemente surgiu um tipo de con¬flito inédito no mundo, caracterizado pela luta contra o terrorismo internacional. Nasceu em virtude dos trágicos acontecimentos de 11 de setembro de 2001, em que os EUA foram 1 alvo de ação terrorista comandada por Osama bin Laden, milionário de origem saudita.
Protegido pela milícia Taleban que até então controlava o Afeganistão, Osama Bin Laden apregoou a Luta camuflada contra os EUA, con¬siderado por ele o grande causador da miséria que assola os países que compõem o mundo islâmico. Além de financiar o treinamento de terroristas, por meio da organização AI Qaeda, procurou dar à luta, contra o que chamou de opressão americana, conotação de Guerra San¬ta - Jihad - conclamando todo o mundo islâmico a apoiá-lo.
A resposta americana foi imediata. Organi¬zou ataques às bases do Taleban, em território afegão, primeiramente com bombardeios aéreos e, depois, com tropas terrestres especiais. Essa guerra, por suas características geopolíticas peculiares, tem sido chamada de “Guerra Sem Li¬mites”, já que sua ação não está geograficamente circunscrita a um espaço territorial delimitado.
Essa guerra no Afeganistão - a primeira do século XXI - no entanto, também atende a interesses comerciais. Veja:
Bin Laden? Não. Eurásia é o nome do jogo.
O corredor de transporte Europa —Cáucaso — Ásia Central é um complexo rodo-ferroviário destinado a ligar a Euro¬pa mediterrânea até a China, passando necessariamente pelo norte do Afeganis¬tão, Ásia Central e Turquia. A construção desse imenso complexo — com fundos da União Européia (UE) e do Banco para o Desenvolvimento da Ásia (BDA) * será combinada com a instalação de oleodutos que vão abastecer o mercado ocidental.
Alguns números ajudam a ilustrar o que está em jogo. Apenas os cinco países da bacia do Cáspio — Azerbaijão, Caza¬quistão, Irã, Rússia e Turcomenistão — pos¬suem reservas estimadas em 200 bilhões de barris de petróleo e um volume comparável de gás. Três deles — Azerbaijão, Caza¬quistão e Turcomenistão — contêm mais pe¬tróleo e gás do que o Golfo Pérsico. As cinco maiores empresas petrolíferas dos Estados Unidos (Chevron, Conoco, Texaco, Mobil Oíl e Unocal) concluíram ou estão concluindo uma série de acordos bilionários com esses países (exceto o Irã) para explorar suas reservas.
(Baseado em texto de José Arbex Jr. in: Jornal do Sinpro/SP, out./nov. de 2001)
Explicação: