Desse modo, partindo da leitura realizada do texto “A língua latina: sua origem, variedades e desdobramentos, de Maria Cristina Martins, mais especificamente do item “A língua latina e sua relação com a história social, política e etc, em termos gerais”, discorra sobre como se deu a fixidez do latim entre os séculos III a. C. e II d. C. e o século V d. C.
Para caracterizar esse período, explique como o exército romano contribuiu para a expansão da cultura latina através do uso do Latim como língua do estado romano.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Muitos podem questionar se ainda há lugar para um
texto sobre a história da língua latina, visto que,
aparentemente, tudo já foi dito. Acreditamos que sim, pois,
infelizmente, é comum encontrarmos afirmações equivocadas
a respeito das variedades da língua latina – seus diversos
sermones – em autores atuais, sobretudo em livros de
iniciação ao estudo de latim.
O latim, língua dos romanos, do pensamento de Roma
e de sua brilhante civilização, pertence à família das línguas
indo-européias. O indo-europeu representa uma vasta família
de grupos de línguas faladas no oeste da Ásia (Irã, Paquistão,
Índia, Ceilão) e na Europa toda (e Américas depois das
grandes navegações) com exceção do basco, húngaro e
finlandês. Ainda é muito incerto o período em que seria
falada essa língua, que segundo os autores, pode ser de entre
5000 a 2000 a.C.. O período mais aceito é o 3º milênio a.C.
A língua latina é descendente do grupo itálico do
indo-europeu. Antes disso, conforme nos ensina Meillet, em
Les dialectes indo-européens (Paris, 1922, p.38), havia uma
unidade anterior, o ítalo-céltico, porque há particularidades
comuns às línguas itálicas (latim, osco, umbro, etc) e às
língua célticas (bretão, irlandês, galês, etc), em contraposição
com as demais língua indo-européias. Mas, sem sombra de
dúvida, o grupo das línguas itálicas (ou itálico comum)
apresenta ligações mais estreitas entre si do que qualquer
outro grupo indo-europeu, tais como o germânico, o grego, o
balcânico-eslavo e o indo-iraniano.
Não existem documentos em indo-europeu, pois esta é
uma língua proveniente de reconstituição, feita através do
método histórico-comparativo (século XIX). Este método foi
inaugurado por Franz Bopp, no estudo das línguas indoeuropéias, ao comparar o sistema de conjugação do sânscrito,
latim, grego, persa e germânico.
A LÍNGUA LATINA E SUA RELAÇÃO COM A
HISTÓRIA SOCIAL, POLÍTICA E ETC, EM TERMOS
GERAIS
Quando se fala em língua latina, de um modo amplo,
sem especificação de um período determinado, deparamo-nos
com a imprecisão do termo. O latim foi, por um longo
período, a língua oficial e representante do poder de Roma.
Na tentativa de resolver as ambigüidades que concernem o
termo latim, a língua latina foi dividida em períodos, os quais
se ligam, de certo modo, à história política de Roma. Nesse
sentido, são muito expressivas as palavras de Meillet1
, que
afirma que durante seis a oito séculos de Império Romano, do
século III a.C. ao século II d.C., ou até mesmo ao século V
d.C., a língua latina conservou uma aparente fixidez, mas que
não correspondia à sua situação lingüística real. A
imobilidade aparente da forma visível, escondia uma
mudança radical que existia na estrutura interna da língua,
resultado da evolução do latim que continuava prosseguindo.
Assim que se deu a ruína do Império Romano e de sua
civilização, os resultados dessa mudança se manifestaram
rapidamente.
Explicação: Espero ter te ajudado