Dessa forma, imagine que você, como professor de uma instituição de ensino superior, está planejando uma fala explicativa sobre o que faz, então, o emissor de "a" entender a resposta de "b". A sua apresentação acontecerá para uma turma do curso de Letras. Pense no seu público e organize a explicação.
Soluções para a tarefa
Resposta:
O que faz o falante de “a” entender o falante “b” são fatores considerados como extralinguísticos. Por exemplo, a entonação e a expressão facial podem auxiliar no entendimento contrário ao que está sendo propriamente dito pelo arranjo de palavras em uma análise apenas sintática e semântica.
Neste caso, se está no campo da prosódia, da expressão corporal, dos elementos para além do arranjo de palavras, para além da sintaxe, portanto, no campo da pragmática. Sendo assim, são implicaturas não explícitas nas palavras, mas no contexto de produção que levam o ouvinte a entender o “não” como um “sim”. Portanto, nem sempre o sistema semântico é o único responsável pelo significado; ao contrário, em várias situações, o sistema semântico tem o seu significado alterado por outros sistemas cognitivos, conduzindo os envolvidos para uma compreensão final de significado diferente.
A análise sintática, neste caso, também é posta em avaliação. Os elementos estão relacionados sintaticamente de forma adequada, mas é para além desses sistemas que o ouvinte pode entender e interpretar a afirmação do emissor “b”.