desenvolvimento historia dos números ?
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Resposta:
os números acompanha o desenvolvimento da humanidade, uma vez que estes são uma ferramenta para auxiliar na contagem de itens, quantidades e valores.
No período pré-histórico, o homem não tinha uma noção bem desenvolvida sobre a contagem. Sabe-se que, para mensurar quantos alimentos haviam sido coletados ou quantos animais foram caçados, o homem pré-histórico fazia pequenas marcas em ossos, pedras e madeiras.
Com o desenvolvimento dos modos de vida, outras necessidades surgiram, obrigando o homem a melhorar as técnicas para contabilizar itens.
Explicação passo-a-passo:
A agricultura e o surgimento dos números.
Em determinado momento, o homem pré-histórico deixou de ser nômade, ou seja, não estava mais mudando de local com freqüência, a fim de sobreviver. O desenvolvimento de técnicas agrícolas, mesmo que rudimentares, além da criação de alguns animais, tornaram possível que ele permanecesse em um local por mais tempo.
O avanço nas técnicas para conseguir alimento trouxe a necessidade de saber quantos animais havia em cada lugar. Ou ainda, quanto de cada alimento havia sido produzido. Lembre que os animais poderiam ser mortos por outros animais selvagens, as plantações poderiam ser atingidas por fortes geadas e chuvas. Era preciso poder contabilizar estas perdas para saber quanto de alimento a tribo teria para aquele período.
Uma das técnicas que se imagina que o homem pré-histórico tenha utilizado é determinar uma pedra (ou osso) para cada animal que saísse para pastar. Quando o animal retornava, a pedra era guardada. Desta maneira, seria possível saber se um animal havia morrido ou se desgarrado do rebanho. Esta é a origem do conceito e da palavra calculus, que hoje falamos como cálculo, e significa, em latim, fazer contas com pedras.
Além disto, começam a se desenvolver as trocas de materiais entre as tribos. Isto tornou necessário alguma medida que quantificasse a equivalência entre produtos no ato da troca.
O Antigo Egito e o surgimento dos números.
O Antigo Egito foi o lugar onde a agricultura mais se desenvolveu. Este avanço nas técnicas aconteceu devido às observações dos antigos egípcios sobre os períodos de cheias do rio Nilo, quais eram as terras mais férteis e as épocas do ano em que o clima era mais favorável. Todas estas questões exigiam um sistema de contagem mais desenvolvido, visto que a economia e as trocas mercantis realizadas por este povo já eram mais avançadas.
No sistema de numeração egípcio, os valores até nove eram marcados por riscos verticais, iguais aos que o homem pré-histórico fazia nas pedras e ossos. A diferença é que eles eram agrupados em grupos de três riscos, para facilitar a leitura. A partir da quantidade de dez riscos, eles desenvolveram símbolos próprios.
O sistema de contagem romano e babilônico
Os romanos, assim como os egípcios, também desenvolveram um sistema de contagem próprio. Este sistema ficou conhecido como algarismos romanos. Embora não utilizemos estes algarismos no dia a dia, eles ainda são úteis quando nos referimos a séculos, capítulos de livros ou nomeação de papas. Veja alguns exemplos:
– Papa Francisco I
– Século XX
– Rei Luís XV
Na região da Babilônia também surgiu um sistema de contagem. Este sistema tinha a sua base em sessenta unidades. Ou seja, era necessário contar até sessenta para, a partir deste valor, completar com outro símbolo para representar um número maior. Podemos ver resquícios deste sistema na maneira como contamos as horas, em intervalos de 60 segundos e 60 minutos. A maneira como calculamos os ângulos também é uma herança deste sistema de contagem.
O sistema de contagem atual
O sistema de contagem como conhecemos hoje, surgiu na Índia, em torno do século V a.C. Este sistema possui base dez, ou seja, deve-se contar até dez para então, ao adicionar mais um número, obtém-se o próximo algarismo.
O sistema desenvolvido pelos Hindus foi amplamente divulgado pelos povos árabes, em especial pelo matemático Al-Khwarizmi. Por este motivo, este sistema ficou conhecido como sistema arábico, embora sua origem seja indiana.
A escrita dos algarismos segue a lógica do número de ângulos que cada representação possui. Assim, no algarismo 1 temos um ângulo, no 2, dois ângulos e assim por diante. Neste sistema, o número zero foi incluído, pois, se colocado à direita de um algarismo, irá alterar o seu valor.
O zero foi o algarismo que teve a origem mais controversa. A princípio, não era considerado importante representá-lo, pois era o vazio. A partir do momento que se compreendeu que ele poderia mudar o valor de um algarismo, passou a ser grafado sem nenhum ângulo, exatamente como o conhecemos hoje.
A história da matemática está diretamente relacionada à história do desenvolvimento dos povos. Se você quiser pesquisar mais, verá que os povos que habitavam o México, ou mesmo as tribos indígenas brasileiras, possuíam seus próprios sistemas de contagem, adaptados às suas necessidades.