Desde Platão se discute a função sociocultural da arte, o que confere à sua autonomia uma certa relatividade. Recentemente, com a Escola de Frankfurt, cunhou-se para a determinação social da arte termos como “indústria cultural” e “cultura de massa”, porque, como diz Theodor Adorno, no regime econômico capitalista sacrifica-se “o que fazia a diferença entre a lógica da obra [de arte] e a do sistema social.” Com relação à interpretação de Adorno sobre a função social da arte no regime capitalista, considere as afirmativas abaixo:
Na sociedade capitalista, o desenvolvimento técnico-industrial conduziu à padronização do gosto em beneficio do mercado.
Não há gozo da arte, na sociedade liberal, se a criação for massificada.
Ao sacrificar a lógica da obra às determinações do sistema, o artista está garantindo não só seu lucro como a própria sobrevivência da arte, já que a nossa economia é capitalista.
Com a indústria cultural, ocorre a perda completa da ideia de autonomia da arte.
Adorno não concorda com Platão quanto à ideia de que a experiência estética, como acontece hoje em dia, necessita de um nexo funcional para cumprir seu papel na vida social e política do homem.
Estão corretas as afirmativas:
Origem: UFPA
a)
I e II.
b)
II e V.
c)
I e IV.
d)
II, III, V.
e)
I, III, IV e V.
Soluções para a tarefa
Letra C
*Consegui responder pois já tenho conhecimento dessa questão (já a fiz) mas, faltou os números das sentenças...
Resposta:
LETRA C
Explicação:
A presente questão pertence ao eixo filosófico “Estética”. Procura relacionar, na interpretação que propõe, dois extremos da história da filosofia: Platão e Adorno, este último um filósofo alemão contemporâneo. A questão chama a atenção para a preocupação que os filósofos sempre tiveram não só em entender os princípios gerais da produção artística como, também, inseri-la histórica, social e politicamente. A alternativa correta é a letra “C” (afirmativas I e IV), pois na sociedade capitalista o sistema de mercado transformou a obra de arte em mercadoria, restringindo assim, por razões de ordem econômica, as condições de sua produção, de divulgação e, com isso, a própria sobrevivência do artista, o que, sem dúvida, afeta a liberdade de criação e a autonomia que sempre foram sua marca distintiva. As demais alternativas estão incorretas porque não dizem respeito à interpretação de Adorno sobre a função social da arte no regime capitalista.