Desde o início, pois, era visível na poesia de Drummond a ideia de que, para usar a explicação de um personagem de Eça de Queirós vivemos num “mundo muito mal feito”. Esta ideia vai aumentando, até que do mundo avesso do obstáculo e do desentendimento surja a ideia social do “mundo caduco” feito de instituições superadas que geram o desajuste a iniquidade, devido aos quais os homens se enrodilham na solidão, na incomunicabilidade e no egoísmo. A sufocação do ser, que vimos sob as formas do emparedamento e da mutilação no plano individual, aparece no plano social como medo motivo importante na tomada de consciência do poeta em sua maturidade. O medo paralisa, separa os homens no isolamento, impede a queda das barreiras e conserva o mundo caduco.
CÂNDIDO, A. Inquietudes na poesia de Drummond. In: Vários escritos. Rio de Janeiro: Duas Cidades/Ouro sobre Azul, 2011. p. 77.
Segundo o crítico Antonio Cândido, a obra poética de Carlos Drummond de Andrade é marcada:
a) pela harmoniosa relação entre o eu e o mundo.
b) pela aceitação do mundo pelo eu lírico gauche.
c) pela desarmônica relação entre o eu e o mundo.
d) pela completa indiferença do eu em relação ao mundo.
e) pela parcial alienação do eu em relação ao mundo.
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Resposta: letra C
Explicação:
CONFIA:)
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