Desde o início da pandemia temos visto a busca incessante dos países pelas vacinas.
Faça uma pesquisa e elabore um texto sobre como a geopolítica influencia na distribuição
e aquisição das vacinas.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Sim. Os países mais ricos e com maior acesso à tecnologia garantiram, antes, suas doses. Em alguns casos, como o Canadá, há, pelo menos, cinco vezes a quantidade de doses de vacinas em relação ao número de habitantes. Os Estados Unidos – que têm suas próprias vacinas –, por sua vez, têm sido acusados de reter doses. Há também trocas de acusações de restrições de insumos, o que inviabiliza a produção de vacinas, entre a Austrália e parte da Europa e entre o Reino Unido e a União Europeia. Pressões comerciais também foram apontadas como fator para contestações à vacina da Oxford/AztraZeneca – produzida no Brasil pela Fiocruz – e para o pedido do governo americano para que o Brasil não adquirisse doses da Sputinik V, a vacina da Rússia, rival histórico dos Estados Unidos. Ou seja, além da corrida científica e de uma disputa por insumos, há questões geopolíticas que influenciam na distribuição dos imunizantes entre os países.
É preciso mesmo que a maior parte da população do mundo se vacine?
Sim. O novo coronavírus já se mostrou resistente e a vacinação em massa é a única forma de diminuir a sua circulação, baixando os índices de infecção, e impedindo o surgimento de variantes de preocupação (variants of concern, em inglês), que podem levar a novas pandemias como a que eclodiu em 2020.
Qual seria a saída para que as vacinas não fiquem sujeitas a pressões econômicas?
A saída seria, conforme proposto pela Índia e a África do Sul, a quebra de patentes, o que permitiria a produção em larga escala, por diferentes laboratórios, em diversos países a custo mais baixo. Os países ricos, envolvidos no desenvolvimento das vacinas, se opuseram à ideia. O Brasil, que tem uma tradição favorável à quebra de patentes, defendeu o respeito à propriedade intelectual em meio à pandemia.