Filosofia, perguntado por leehgabiih734, 8 meses atrás

Desde as Origens do totalitarismo (1951), a filósofa alemã de origem judaica Hannah Arendt (1906-1975) analisou esse fenômeno. Em 1961, foi a Jerusalém para assistir ao julgamento do carrasco alemão Adolf Eichmann, que durante o governo nazista participou altivamente no extermínio de judeus. Suas impressões e reflexões sobre o caso foram registradas no livro Eichmann em Jerusalém, um relato a banalidade do mal, publicado em 1963. O que a filósofa interrogava era o contraste entre aquela figura aparentemente apagada e equilibrada de um homem comum que, no entanto, cometeu tantas atrocidades. O que levaria pessoas sem qualquer predileção pelo atroz a se engajarem em uma política que exige obediência absoluta? O que as faz cumprir essas ordens? A partir do que foi estudado sobre a Democracia “governo do povo” o “governo de todos os cidadãos”, a que Arendt atribuía a escolha de um grupo que se considerava, pessoas brancas, altas, fortes e inteligentes , justificando a perseguição e o genocídio de judeus, ciganos, considerados “raças” inferiores, e de homossexuais, adjetivados como “degenerados”

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Respondido por EduardoPLopes
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Arendt argumentava que o holocausto (ou seja, os crimes contra a humanidade cometidos pelos nazistas contra os judeus, homossexuais, eslavos, ciganos e outras pessoas que viam como "inferiores") só havia sido posto em prática por causa da ideia de banalização do mal e afastamento da responsabilidade individual.

Para Arendt, era só em uma sociedade em que as ordens fossem cumpridas de maneira irrefletida e onde cada um pudesse colocar a culpa por seus atos fora de si mesmo, alegando agir apenas "por ordens", que tais atrocidades poderiam acontecer, sendo este o "espírito" do totalitarismo, algo que deveria ser duramente combatido.

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