descrever a diferença (culturais, econômicas, sociais e politica) segundo Bauman, entre os comportamentos e as concepções da " sociedade dos produtores" versus "sociedade de consumidores".
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A Sociedade Contemporânea: A Visão de Zygmunt BaumanAndre SilvaBAUMAN, Zygmunt, Vida para consumo. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de janeiro: Zahar, 2008.199p.Resumo: A presente resenha baseia-se nos pensamentos de Zygmunt Bauman, que busca refletir sobre a sociedade contemporânea. Essas transformações modificaram os conceitos de tempo, espaço e indivíduo. Com as identidades plurais em evidência e momentos de exploração sobre o consumo na cultura pós-moderna, Bauman consegue expor seus pensamentos por meio da sua obra "A vida para consumo", como os indivíduos são alvos desse contexto fluído e suas reais consequências.Palavra-chave: Pós-modernidade, Consumo, Sociedade contemporânea.Abstract: This review is based on the thought of Zygmunt Bauman, which seeks to reflect on contemporary society. These transformations changed the concepts of time, space and individual. With plural identities revealed and moments operating on consumption in postmodern culture Bauman, can express their ideas through his "Life for consumption" in which individuals are targets of this fluid context and their real consequences.Keywords: Post modernity, consumption, contemporary societyAs mudanças experimentadas pela sociedade contemporânea modificaram a forma de interpretar o mundo e, consequentemente, o consumo. O modo de vida produzido pela pós-modernidade desvencilha-se de todos os tipos tradicionais de ordem social, de uma maneira que não tem precedente. O contemporâneo passa a ser marcado pelo fim dos padrões, da estabilidade, da segurança e das certezas. Surge o tempo da indefinição, do medo e da insegurança.Para realizar estudos e análise da sociedade contemporânea é imprescindível compreender a linha de pensamento do sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Autor de uma produção intelectual prodigiosa e reconhecido como o pensador dos tempos líquidos evidência o problemas gerados pela sociedade moderna. Na sua obra “Vida para Consumo” o autor esclarece os efeitos da evolução da sociedade de produtores estruturada na segurançaestabilidade para a sociedade consumista, instável e líquida. Desta maneira, o autor relata como a sociedade de produtores foi basicamente direcionada para segurança e apostava nos desejos humanos em um ambiente confiável, ordenado, regular e transparente e como prova disso resistente ao tempo e ao apego as coisas seguras. Os desejos eram orientados para aquisição de posse e bens com grande visibilidade na sociedade, pois nessa época o tamanho dos bens era ligado como poder e status.Consumir mercadorias pesadas e duráveis como imóveis e joias, para remeter ao status de posse, poder, conforto e principalmente respeito pessoal. Possuir uma grande quantidade de bens duráveis remetia a segurança contra as incertezas do destino. Desta maneira, a segurança era a maior posse da sociedade dos produtores e o prazer de desfrutar era postergado, ou seja, nada era imediato. Esse comportamento fazia sentido na sociedade dos produtores, que acreditava na prudência e na segurança, sobretudo na durabilidade em longo prazo. Mas a transição dessa concepção da “sociedade dos produtores” para a nova configuração da sociedade, apresenta uma mudança extremamente significativa no comportamento e nos desejos do indivíduo. Bauman destaca que este ambiente existencial tornou-se conhecido como “sociedade de consumidores” e distingue-se por uma reconstrução das relações humanas a partir do padrão, e a semelhança, das relações entre consumidores e os objetos de consumo.A passagem da sociedade de produtores para a de consumidores, em geral, pode ser apresentada de forma gradual, com a emancipação dos indivíduos das condições originais de não escolher, posteriormente para uma escolha limitada e finalmente para uma sociedade livre de responsabilidades, ou seja, indivíduo possui sua liberdade de escolher e decidir como e da maneira que atender suas necessidades naquele momento, ou seja, inicia a sociedade “à la carte”. O novo indivíduo consumista assume características líquidas e extrai a postergação do prazer de consumir e desloca-o para o imediato.
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