Descreva os pontos positivos e negativos da economia solidária.
Soluções para a tarefa
Explicação:
Introdução
1A articulação teórica entre subjetividade e atividade laboral é sem dúvida uma temática relevante para as ciências sociais, já que o trabalho pode ser considerado categoria importante nos processos de constituição das identidades.
2A maneira como cada pessoa atribui sentido à sua relação com o trabalho dá-se de modo singular, único; mas sempre a partir do registro coletivo. Não podemos pensar os processos de subjetivação como exclusivamente individuais, vividos pelo sujeito na construção do seu mundo interno, mas sim como processos de socialização, sempre relacionais, geradores de formas de sociabilidade diversas. O sujeito constitui-se através dos processos socializadores nos quais se insere ativamente e dos quais resultam seus comportamentos, emoções, cognições e ações.
3O trabalho está imerso na vida diária, sendo dela constitutivo (Berger e Luckmann, 2007), e os processos sempre relacionais que envolvem o trabalho, que o engendram e o constituem, assumem configurações peculiares em cada situação social, delimitada territorial e temporalmente. Todas elas, entretanto, são constitutivas da vida das coletividades que abrigam os sujeitos individuais – a consciência de si que chamamos de “eu” – e destes próprios, como alguém que age sobre o mundo para apreendê-lo.
4Esse texto se propõe, a partir de um registro empírico coletado junto a 6 empreendimentos econômicos solidários (EES) de diferentes tipos e segmentos, relacionar o trabalho associativo e autogestionário com a produção de subjetividade, partindo do princípio de que a autogestão envolve participação coletiva e autoridade compartilhada.
5A economia solidária hoje, no Brasil, cresce como campo de práticas econômicas calcadas em noções de justiça, equidade, responsabilidade social e ambiental. Segundo Gaiger (2009: 181), “O conceito de empreendimento econômico solidário compreende diversas modalidades de organização econômica, originadas da livre associação de trabalhadores/as, nas quais a cooperação funciona como esteio de sua eficiência e viabilidade”. As experiências, dentre as quais destacam-se grupos de produção, associações formais e informais, cooperativas e empresas de autogestão, praticam, em graus variados, a socialização dos meios de produção e a autogestão. Dentre seus pressupostos estão a valorização da comunidade de trabalho e o compromisso com a coletividade em que se inserem.