Descreva os nomes de 06 países que nasceram da fragmentação dos antigos impérios. *
Soluções para a tarefa
Resposta:
Roménia, Checoslováquia, Europa Ocidental, Áustria, Síria e o Iraque.
Explicação:
O drama húngaro e o renascer da Polónia
Houve também independências praticamente a coincidir com a assinatura do Armistício, como a da Hungria, país que, porém, até hoje não consegue celebrar 1918 pois o célebre Tratado de Trianon (nome de um pavilhão no parque do palácio de Versalhes) deixou de fora territórios que os magiares ainda hoje consideram seus e onde continuam a viver húngaros, como no sul da Eslováquia ou na Transilvânia (Roménia).
No caso da Roménia, não é o centenário da independência que por estes dias se celebra, mas sim a constituição da Grande Roménia, integrando zonas romenófonas que estavam sob controlo dos diferentes impérios. Nunca como entre as duas guerras mundiais o Estado romeno foi tão vasto, perdendo depois parcelas como a Moldávia, que até 1991 foi soviética e hoje é país independente.
Já a Checoslováquia, notável país surgido da junção da Boémia e da Morávia com as terras eslovacas, teria há dias celebrado também cem anos se ainda existisse. Mas em 1993, as duas metades da confederação separaram-se pacificamente dando origem à República Checa e à Eslováquia.
Também nascido da Primeira Guerra Mundial foi o Reino dos Sérvios, dos Croatas e dos Eslovenos, que resultou da junção da Sérvia com territórios sobretudo dos chamados eslavos do sul antes integrados no Império dos Habsburgos. Ainda no período entre as duas guerras mundiais adotou o nome de Jugoslávia, que manteve quando se transformou numa república socialista após 1945. Depois de 1991, a federação desagregou-se em consequência de várias guerras e depois da separação definitiva da Sérvia e do Montenegro até mesmo a pequena Jugoslávia deixou de existir. Em seu lugar surgiram seis países, sete se contarmos com o Kosovo, província de maioria étnica albanesa que se separou da Sérvia e que é reconhecida como independente por uma centena de países, mas não, por exemplo, por potências como Rússia ou China.
E que dizer da Polónia? Nos tempos da Confederação Polaco-Lituana chegou a ser o segundo maior país da Europa, indo do Báltico ao mar Negro. Só que no final do século XVIII foi retalhada entre russos, austríacos e prussianos desaparecendo como Estado mas não como nação, com a Igreja Católica a assumir a missão de preservar a língua, a cultura e, claro, a religião. Assim, novembro de 1918 assistiu ao renascer de um país milenar, com capital em Varsóvia, de repente um quase Estado-tampão entre a Rússia comunista/União Soviética, com um território amputado mas gigantesco, e uma Alemanha republicana, humilhada pelos vencedores e que não tardou muito a procurar vingança através da reconquista.
E em setembro de 1939 a Polónia era atacada tanto por nazis como por soviéticos. Ocupada, a sua sobrevivência em 1945 teve de passar não só pela inclusão no bloco comunista como pela perda de territórios a leste (Vilnius, por exemplo, capital da Lituânia), com compensação relativa a oeste, onde a famosa Stetin alemã do discurso de Winston Churchill sobre a Cortina de Ferro até Trieste hoje se chama Szczecin.
Também na Europa Ocidental, mesmo sem nascerem países, o conflito mexeu nas fronteiras, com a recuperação da Alsácia pela França a ser a mudança mais evidente no mapa. Mas não esquecer os ganhos territoriais belgas à Alemanha ou os italianos à Áustria. Esta última, aliás, simboliza por si só o abalo sísmico de 1914-1918: de coração de um império vastíssimo povoado por dezenas de povos passou a pequeno país de língua alemã, hesitante em integrar ou não uma Alemanha apesar de tudo poderosa. Adolfo Hitler era austríaco e assim que pôde avançou com o Anschluss.