Descreva o regime czarista russo.
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Era um regime ultrapassado que não conseguia dar resposta aos problemas da sociedade russa do início do século XX. As dificuldades que o Império Russo atravessava eram de três tipos: económicas, políticas e sociais. O sector primário era aquele que albergava a maior percentagem da população activa russa. Era um sector dominado pelos grandes proprietários, os quais até 1861 aplicavam um regime servil sobre os camponeses russos semelhante ao que vigorou na Europa ocidental durante a Idade Média. Estes limitavam-se a praticar uma cultura de subsistência, a qual não era geradora de riqueza. Quanto ao sector secundário, a percentagem da população activa russa que dele fazia parte era menor que a do sector primário. Os operários fabris, também conhecidos como proletariado, viviam em condições bastante adversas, pois trabalhavam muitas horas e recebiam salários baixos. O desenvolvimento da industrialização no Império Russo também não era significativo, pois estava bastante dependente de capitais e de técnicos estrangeiros e localizada apenas nas grandes cidades. Relativamente ao sector terciário, era aquele que menor percentagem da população activa russa abrangia. Isto deve-se ao facto de o crescimento deste sector nunca ter sido devidamente estimulado pelo czar. O imperador russo era detentor de um poder autocrático, contrastando assim com a maioria da sociedade russa, cujos direitos políticos eram praticamente inexistentes. Esta era uma sociedade hierarquizada, caracterizada pela divisão em dois grandes blocos. O primeiro, apoiante do czar e da sua política, era constituído pela polícia, hierarquia militar, hierarquia eclesiástica, burocracia czarista e grande nobreza. O segundo, defensor de reformas profundas, era constituído pela burguesia, campesinato, proletariado e pequena nobreza.
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