descreva o conflito,e suas regiões,entre Marco Antonio e Otavio
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Daniel Leb Sasaki | 01/11/2006 00h00
Alexandria calou-se em silêncio tumular. Depois, foi possível ouvir da ilha de Faros – onde brilhava o famoso Farol – aos corredores da Biblioteca boatos de que o deus Dionísio abandonara os governantes da cidade. Cleópatra e Marco Antônio banquetearam com fartura pela última vez. Mas o fim deles estava próximo. Foi assim, melancolicamente, que os contemporâneos do casal descreveram o trágico desfecho da Batalha de Ácio, em 31 a.C., e a espera pela inevitável invasão romana ao Egito.
Naquela época, o poderio de Roma estendia-se por quase todo o Mediterrâneo. O Egito não pontificava mais como a potência de outrora, embora ainda fosse a nação mais rica da região. Era governado por Cleópatra, filha do faraó Ptolomeu XII. Até então, o que mantivera o Egito livre da dominação romana foi a diplomacia. Entretanto, no conturbado reinado do pai de Cleópatra, a tática da neutralidade gradualmente foi perdendo a eficácia e acabou substituída pelo suborno. Expulso do Egito em 58 a.C., após uma revolta na capital, o faraó só retornou ao poder três anos depois, protegido por legiões de Júlio César. Abrir os cofres para o general romano pareceu uma boa idéia, mas deixou o protetorado à beira da falência. A dívida era tão grande que o banqueiro Rabírio veio de Roma e assumiu o cargo de ministro das Finanças em Alexandria para garantir o pagamento. “Foi durante o reinado do pai de Cleópatra que o Egito perdeu, de uma vez por todas, a soberania”, diz a egiptóloga brasileira Márcia Severina Vasques, especializada no período.