História, perguntado por Sla04, 1 ano atrás

Descreva o cenário político e social do brasil antes do regime militar de 1964.​

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Respondido por viik76
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Entre 1964-85, o Brasil viveu sob uma ditadura militar. Durante o governo do presidente João Goulart, que foi derrubado por um golpe de Estado, um tema que ganhou importância crescente foram as reformas de base. O Brasil tinha vivido grandes transformações desde os anos 1940, de modo que, ao assumir o cargo, Jango encontrou muitos problemas sociais e econômicos que precisavam ser resolvidos.

Setores da sociedade, como a classe média e a Igreja Católica, temiam o avanço do movimento comunista, em quem o presidente buscava cada vez mais apoio. Latifundiários ficaram preocupados com a reforma agrária e a tensão que ela poderia gerar no campo. Empresas multinacionais se sentiram prejudicadas com os limites impostos à remessa de lucros para o exterior. Os militares também passaram a apontar o perigo que as mobilizações populares representavam para a democracia, ao subverterem a ordem e a paz.
Nesse cenário de intensa agitação e radicalização política, o golpe contra João Goulart veio dos segmentos mais conservadores. A intervenção dos militares contou com o apoio civil, inclusive no Congresso Nacional, que oficializou um golpe contra um presidente constitucionalmente eleito. Muitos civis que apoiaram a intervenção pensaram que o golpe se resumiria ao afastamento de João Goulart, ao restabelecimento da ordem e à passagem do poder novamente aos civis, o que, no entanto, só ocorreu 21 anos depois.
Respondido por sthefani4877
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Resposta:

independente e soberana. Quando João Goulart, o Jango, foi eleito vice-presidente, em 1960, o presidente e seu substituto eram escolhidos separadamente. O conservador Jânio Quadros renunciou ao cargo em 1961, deixando a Presidência a Jango, o manco com tendências comunistas.

Desde o princípio, os militares mais conservadores tentaram impedir a posse de Goulart. Primeiro empossaram o presidente da Câmara no seu lugar e logo em seguida veio o parlamentarismo, com Tancredo Neves como primeiro-ministro. Somente em 1963 ele teve plenos poderes de presidente e iniciou um governo reformista, visando à reforma agrária, ao combate ao analfabetismo – concedendo até mesmo o direito de voto a quem não sabia ler –, entre outras medidas que aterrorizaram os conservadores do país.

Criticado por suas medidas, Jango passou a participar de comícios e manifestações que defendiam seu governo. Em 19 de março de 1964, a oposição organizou uma manifestação contra as medidas tomadas por Jango, contraditoriamente chamada “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”. Milhares de religiosos, conservadores das classes média e alta, além de militares, foram às ruas, marcando o que seria o pontapé dos 21 anos de muita repressão.

No entanto, isso tudo fazia com que, no ponto de vista da Guerra Fria, os norte-americanos se sentissem acuados. Com toda a movimentação de apoio às reformas no Brasil e os exemplos das revoluções socialistas e de libertação nacional que ocorreram pelo mundo, o governo dos Estados Unidos resolveu intervir. Assim surge o golpe militar de 1964. As intervenções americanas levaram a uma sequência de golpes em toda a América Latina, que resultaram na perseguição e morte de um enorme número de pessoas.

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