Descreva a teoria das placas tectônicas
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Resposta:
Em termos geológicos uma placa é uma grande massa rochosa, rígida, no estado sólido. O termo tectónica vem do
grego e significa formar ou construir. A junção destes dois termos, isto é, a tectónica de placas, refere-se à constituição
da superfície da Terra por placas independentes.
A teoria da tectónica de placas parte do pressuposto de que a camada mais superficial da Terra está fragmentada
numa dúzia ou mais de grandes e pequenas placas que se movem relativamente umas às outras, sobre um material
viscoso, mais quente. Por essa razão utiliza-se também, frequentemente, a designação de teoria da deriva continental.
Desde há muito que vários investigadores suspeitavam que os continentes não mantinham uma posição fixa, e que se
moviam uns em relação aos outros. Esta noção foi originalmente enunciada, em 1596, pelo cartógrafo holandês
Abraham Ortelius no seu trabalho Thesaurus Geographicus, em que este autor sugeria que as Américas "se afastaram
da Europa e da África ... devido aos terramotos e cheias". Ortelius referia mesmo que "os vestígios da ruptura são
evidentes, bastando observar um planisfério e considerar as costas dos três (continentes)".
As ideias de Ortelius começaram a ser recuperadas no século XIX. Por exemplo, em 1858 o geógrafo Antonio Snider-
Pellegrini desenhou dois mapas mostrando como, na sua opinião, a América e a África tinham estado juntas, tendo-se
separado posteriormente.No entanto, foi necessário chegar-se a 1912 para que esta noção de que os continentes se moviam uns em relação aos
outros fosse seriamente considerada como teoria científica, designada por Teoria da Deriva Continental (e que foi a
precursora da actual Teoria da Tectónica de Placas). A formulação inicial desta teoria foi expressa em dois artigos
publicados pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, então com 32 anos de idade. Baseado em evidências
geológicas, paleontológicas e geométricas, Wegener defendia que, há 200 milhões de anos, os continentes estavam
reunidos num único super-continente, a Pangea (do grego: todas as terras) que, nessa altura, se começou a
fragmentar.
Alexander Du Toit, professor de Geologia na Johannesburg University, que foi um dos mais activos defensores das
ideias de Wegener, propôs que a Pangea se tinha fracturado em duas grandes massas continentais: a Laurásia, no
hemisfério norte, e a Gondwana, no hemisfério sul. Posteriormente, estes fragmentaram-se em continentes menores,
que são os que existem actualmente.
A teoria de Wegener baseava-se no ajuste, bastante evidente, entre a costa ocidental de África e a oriental da América
do Sul, o que já tinha sido constatado, três séculos antes, por Abraham Ortelius. Todavia, Wegener utilizou, também,
informações referentes a estruturas geológicas e a fósseis de plantas e animais encontrados em África e na América do
Sul, que indicavam terem vivido em continuidade geográfica embora, actualmente, estejam separados pelo Atlântico
Sul. Para este cientista, a presença de fósseis idênticos em ambos os continentes não podia ser explicada por qualquer
processo de locomoção (isto é, seria fisicamente impossível para esses organismos atravessarem o oceano a nadar, outransportados pelo vento, ou derivando em objectos flutuantes). Assim, o facto aludido surgia como a evidência mais
ressaltante de que os continentes sul-atlânticos tinham outrora estado juntos, tendo-se separado posteriormente com a
instalação do oceano Atlântico.