descreva a perseguição política de vargas aos seus opositores?
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Resposta:
RESUMO
O Estado Novo é conhecido por sua face autoritária e repressiva. Durantes os
anos de seu governo, Vargas perseguiu, reprimiu e prendeu imigrantes e
descendentes de imigrantes. Presentes no Brasil desde 1824, os alemães eram
denunciados desde o século XIX por sua coesão interna e acusados de conspirar
contra a soberania nacional, alvos da criação do mito do perigo alemão. Com o
golpe de 1937 a atuação da polícia política, institucionalmente criada em 1924, se
intensifica e passa a vigiar, perseguir e prender todos os elementos "nocivos" e
"perigosos" ao projeto varguista. Auxiliou para a narrativa estado novista de ameaça
a soberania nacional, e consequente ação, a existência de extensões do
Nationalsozialistsche Deutsche Arbeiterpartei, comumente conhecido por NSDAP.
No Brasil ele se estabelece em 1931 e existiu sem entraves legais até 1938, ano do
lançamento da Campanha de Nacionalização de Vargas, uma série de medidas
legais que visavam suprimir o elemento estrangeiro e abrasileirá-los. A atuação
nazista em terras brasileiras gerou conflitos geracionais dentro da comunidade
germânica paranaense, porém sua atuação favoreceu a ação estigmatizada da
polícia política contra os imigrantes germânicos, balizada pelas noções de mito
conspiratório que destinava a determinados grupos. A partir da instituição do direito
de habeas-data com a promulgação da constituição de 1988, os arquivos policiais do
Departamento de Ordem Política e Social, mais conhecido por DOPS, foram
transferidos para os respectivos órgãos estatais de arquivos e constituíram um corpo
documental passível de ser explorado de várias maneiras. A abertura desses
arquivos permitiu que utilizássemos 36 fichas individuais produzidas pela DOPS-PR
entre os anos de 1938 e 1945 a fim de traçar um perfil social dos perseguidos e
analisar a linguagem policial estigmatizante empregada em referência aos indivíduos
de origem alemã do Paraná. Para tanto, as noções de estigma trazidas e
conceituadas pelo cientista social canadense, Erving Goffman, foram fundamentais
para lançar luz à esse fenômeno. Da mesma forma a análise da atuação e do
funcionamento da polícia secreta nazista e seu papel político dentro do país,
realizada por Hannah Arendt, e os usos de mitos e mitologias políticas para
justificação da própria política, desenvolvidas por Raoul Girardet, foram também
essenciais para operar com as fichas policiais. Não menos importante é o estudo do
filólogo Victor Klemperer acerca da linguagem do Terceiro Reich e sua profunda
penetração na sociedade alemã da época, linguagem esta caracterizada pela
pobreza, pelo poder invocatório de suas palavras e pelo apelo fanático de massa
intrínseco.
Explicação:
Resposta:
obg precisava também ✋