História, perguntado por YasmimSi, 4 meses atrás

Descreva a função de cada elemento arquitetônico social da sociedade açucareira e nordestina?​

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Respondido por donosem2
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Resposta:

Arquitetura barroca

Erguidas pela sociedade açucareira, as construções barrocas são uma espécie de marco inicial da arquitetura nordestina, traduzindo uma tendência cultural que começou na Europa no século 16, mas com um toque brasileiro. Muito presente nas igrejas do nordeste, a arquitetura barroca é caracterizada pelas curvas e riqueza de detalhes nas edificações e nos monumentos, assim como a imponência em suas edificações, com o intuito de exaltar os princípios e costumes do cristianismo, difundindo suas ideias através da arte.

A construção de boa parte das igrejas na Bahia, em especial, deve-se à ação das ordens religiosas que acompanharam os colonizadores, sobretudo os jesuítas. Inicialmente, as paróquias tinham fachadas sóbrias e despojadas. Já no início do século 17, surgiram soluções rebuscadas do barroco, dando um toque único a esses locais. Fachadas convexas ou côncavas, que reforçam a ideia de movimento, colunas arredondadas, arcos, abundância do dourado, pinturas ricas em detalhes e elementos decorativos exuberantes estão entre as características marcantes.

Azulejaria

Também nas igrejas do nordeste, a azulejaria começou a ganhar espaço no fim do século 17. Nessa época, o material utilizado em igrejas da Bahia era encomendado e trazido diretamente de Lisboa, em Portugal. Aliás, foi dos portugueses que os brasileiros adotaram o gosto pelos azulejos, utilizados para formar painéis que retratavam costumes da época colonial e também tradições do cristianismo.

Nas casas, este elemento decorativo começou a conquistar as fachadas por volta do século 19, como em São Luís e Belém. É preciso destacar também Maranhão, que começou a revestir suas casas com o azulejo graças à evolução registrada com a exploração do algodão na região.

Da casa-grande ao sobrado

Em meio à cultura do açúcar, as propriedades rurais se destacavam, com a casa-grande destinada aos senhores do engenho e seus hóspedes. Entre as características, um grande corredor principal que interligava todos os ambientes, além da tradicional varanda. Barro e madeira ganharam força por aqui como matéria-prima, até mesmo nos pisos.

As casas a princípio eram construídas com um processo conhecido como taipa, também chamado de pau a pique, onde uma estrutura feita com madeiras era preenchida com barro. No século 17, esse método foi substituído pela alvenaria de tijolo e pedras.

Foi nessa época que o processo de urbanização avançou. Com isso, surgiram os sobrados avarandados nas cidades, voltados às elites. As casas geminadas em algumas regiões sustentavam as moradias no andar superior, reservando ao térreo um espaço para a exploração do comércio.

Explicação:

Como os europeus colonizaram o Brasil, seu estilo arquitetônico dominou as terras tupiniquins, principalmente na arquitetura sacra, com o luxo e a riqueza de detalhes na decoração das igrejas. As moradias, por sua vez, inicialmente eram mais simples. Mesmo a casa-grande das fazendas ostentava poucos elementos decorativos, apesar do enorme espaço interno e das belas varandas.

Isso porque boa parte das riquezas geradas no Brasil seguiram para a Europa. O luxo nas residências começou a ficar mais evidente, porém, com a chegada da família real portuguesa ao país, que desembarcou em Salvador em 1808 e logo depois seguiu para o Rio de Janeiro.

Com o avanço da urbanização das cidades no século 17 e a necessidade de proteção das moradias contra o ataque de piratas no litoral, surgem as casas geminadas, seguindo um modelo mais compacto. As fachadas formavam praticamente um grande “paredão”. A área aberta, por sua vez, ficava atrás. No térreo desenvolvia-se a atividade comercial – até por isso a predominância de grandes portas. Já a moradia ficava no andar superior.

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