DESAFIO: O SENHOR DO DESTINO
Fazer um curso superior já não pode mais ser sinônimo de um ritual que compreende assistir a aulas, estudar para provas e procurar ser eficiente, tentando tirar boas notas. Cada vez menos há espaço para uma escola baseada apenas nessa rotina.
A sala de aula continua, sim, sendo importante. É um momento em que, em conjunto, professores e alunos debatem temas pertinentes a determinados assuntos, quando dúvidas e certezas são socializadas ao serem apresentadas e discutidas diante de todos. Uma pergunta formulada por um dos componentes desse conjunto pode levar a novos entendimentos ou mesmo novas dúvidas antes não consideradas por outras pessoas.
A aula é ainda um momento em que são acordadas e fixadas regras comuns a todos, na qual são dadas orientações do que e quando fazer, em que são estabelecidos os ritmos e as profundidades dos estudos. Sem dúvida, ela é importante.
Você já sentiu que consideramos os momentos em sala de aula sagrados. Mas há quem imagine que fazer uma disciplina participando basicamente das avaliações e de uma aula ou outra possa dar no mesmo, desde que se estude por fora, por conta própria. Afirmar que isso é impossível seria não acreditar nas potencialidades do intelecto humano.
É claro que o comportamento autodidata também tem seu valor. Mas vá devagar com essa empolgação precipitada! Agindo assim, você pode estar perdendo excelentes oportunidades de crescimento intelectual. De mais a mais, você vai querer tentar, a todo momento, reinventar a roda?
Vamos deixar essas questões de lado por um instante - mas pense nelas! Achar que ao participar das aulas e fazer tudo como manda o figurino você está desempenhando um bom papel de aluno é uma furada; talvez tanto quanto achar que pode se dar bem sem elas. Estudar é muito mais do que isso.
Um sistema educacional que aposte num ensino calcado apenas em aulas formais, expositivas, com professores bem falantes e verdadeiros artistas de palco, e com alunos estudiosos, obedientes e bem-comportados, pode estar com seus dias contados.
O fato é que a organização atual da sociedade não comporta mais meias soluções. E o ensino, quer queiramos quer não, vai ter de se adaptar aos novos tempos, que são mais complexos, mais dinâmicos e mais competitivos.
Como fazer isso? Como sempre, não há mágica nesse processo. Mas a participação, ou seja, um verdadeiro banho do imersão na vida da instituição, pode fazer muito pela sua formação. Entenda-se por este banho de imersão participar das aulas, discutir com professores e colegas de estudos, conhecer a universidade, outros centros, laboratórios, áreas de lazer, participar de diretórios acadêmicos, frequentar palestras e cursos extracurriculares, estudar outras línguas, tornar-se um habitual frequentador das bibliotecas, trabalhar em grupos de pesquisas ... Por aí a coisa começa a melhorar.
A lista é grande. Mas não se preocupe! Não estamos propondo que todos participem de tudo o que a instituição oferece. Seria um exagero sugerir isso. Mas pense bem: passar pela universidade - ou faculdade, ou escola, como sintetizamos aqui de maneira genérica - e não aproveitar as inúmeras oportunidades oferecidas é passar por ela como se estivéssemos vivendo sob o comando de um piloto automático. Nesse caso, tudo aconteceria sem que estivéssemos assumindo as rédeas de nossa vida.
Quem melhor do que você para administrar, conferir e lutar para definir o que é melhor para si? Pedir e seguir conselhos não significa abdicar do direito sagrado que todos temos de decidir o nosso destino. Mas viver sob o controle do piloto automático é pior que isso, é não ter noção do que acontece com a nossa vida.
Não deve estar sendo difícil perceber que estamos propondo que, além de cumprir os preceitos formais do ensino tradicional, você mergulhe de cabeça em atividades extraclasse. Você conhece maneira melhor e mais eficaz de se motivar, de aprender e de ganhar experiência do que sendo monitor de uma disciplina, ou trabalhando num projeto de pesquisa, escrevendo relatórios de suas atividades, discutindo programas de trabalho numa equipe de que participam pessoas com mais e também com menos conhecimento que você?
Hoje, as instituições de ensino superior cada vez mais se preocupam em criar condições para que os estudantes se envolvam nessas atividades, Ganham com isso as instituições e os alunos.
O Texto acima, também foi retirado do livro "Pequenas Crônicas sobre Grandes Questões da Vida Acadêmica”, de Luiz Teixeira do Vale Pereira e Walter Antonio Bazzo, em suas páginas 97 a 99.
Considerando o texto acima
Qual sua opinião sobre esta nova proposição de postura estudantil? Qual será o papel do professor neste novo cenário? Como a Educação a Distância pode contribuir neste processo educacional?
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Eu acho bom estudar, principalmente pq sem estudo ninguém é nada nessa vida. Simples, o papel do professor é ensinar a matéria dele ao aluno. Cabe ao mesmo querer aprender a matéria. Eu acho que o ensino a distância depende mto da pessoa. Pois nem todo mundo aprende o conteúdo a distância.
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