Definição de democracia (em discurso de Péricles) "Vivemos sob uma forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar outros. Seu nome, como tudo depende não de poucos, mas da maioria, é democracia. Nela, enquanto no tocante às leis todos são iguais para a solução de suas divergências privadas, quando se trata de escolher (se é preciso distinguir em qualquer setor), não é o fato de pertencer a uma classe, mas o mérito, que dá acesso aos postos mais honrosos; inversamente, a pobreza não é razão para que alguém, sendo capaz de prestar serviços à cidade, seja impedido de fazê-lo pela obscuridade de sua condição. Conduzimo-nos liberalmente em nossa vida pública, e não observamos com uma curiosidade suspicaz a vida privada de nossos concidadãos, pois não nos ressentimos com nosso vizinho se ele age como lhe apraz, nem o olhamos com ares de reprovação que, embora inócuos, lhe causariam desgosto. Ao mesmo tempo que evitamos ofender os outros em nosso convívio privado, em nossa vida pública nos afastamos da ilegalidade, principalmente por causa de um temor reverente, pois somos submissos às autoridades e às leis, especialmente àquelas promulgadas para socorrer os oprimidos e às que, embora não escritas, trazem aos transgressores uma desonra visível a todos." O trecho destacado no texto relaciona democracia ao poder das maiorias. Que papel ocupariam as minorias nesse regime democrático? Com base no conteúdo estudado, produza um texto contrapondo os termos maioria e minoria em relação à democracia grega, considerando quem ela incluía e quem excluía.
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Na democracia grega todos os cidadãos tinham iguais direitos a participar e conduzir a vida pública, de modo que, em teoria, qualquer cidadão poderia ocupar qualquer cargo, mesmo que não fosse descendente de uma família rica, sendo assim a democracia grega o governo "das maiorias" pois "todos" podiam participar.
O problema era que não eram todas as pessoas que eram consideradas cidadãs: as mulheres não eram, os estrangeiros não eram e os escravos não eram e, de modo que, na prática, a minoria (os homens livres e filhos de mães nascidas na Pólis) controlava o destino da maioria (todas as pessoas), mesmo que esta minoria fosse um grupo maior que em outros lugares, como Esparta (onde apenas os nobres tinham poderes políticos).
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