Deda, meu amigo, estou aqui. Podes me ouvir? Já faz algum
tempo que não conversamos. Poderíamos arrancar a
malvada saudade de nosso peito, o que achas então? Teu
rosto está envelhecido. Tua carne, envilecida. Teu corpo
treme. Tuas débeis mãos fremem. O que terá acontecido
contigo, meu velho? Ah, já não és mais bravo e guerreiro,
moço e vigoroso: és, sim, pó espectral. Logo te ajuntarás ao
barro da terra. Logo a terra abrirá a fecunda e profunda boa
para te tragar. Oleiro. Logo, meu velho. Logo. Lembras-te
que eras tão bom na pontaria, que não erravas uma formiga
na mira da tua espingarda, que ficavas a escorar-te em
qualquer pilastra por onde pousavas e passavas, em
varandas de casebres e casas grandes? Lembras-te, meu
velho, que eras tão bom na composição de versos, nos
improvisos de belos repentes? Tuas pernas já não suportam
o peso de teu corpo, mesmo que tu queiras: magro, seco
feito imbaúba. Triste é sofrer. O tempo passou devagar,
voraz, amigo. O tempo não espera que o acompanhemos.
Segue sozinho os caminhos da vida e vai a todos os lugares
e direções: atalhos.
LOURENÇO, Rosival. Pelos engenhos. Maceió: Edufal, 2011.
A linguagem do texto acima, quanto ao estilo e ao conteúdo,
apenas não revela
revolta.
familiaridade.
saudosismo.
emotividade.
subjetividade.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
meus Deus ta muito grande esse texto e so vc ler de novo e de novo que vc vai entende tambom
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