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Cidadania e sociedade

Ser cidadão é ter garantia de todos os direitos civis, políticos e sociais que asseguram a possibilidade de uma vida plena. esses direitos não foram conferidos, mas exigidos, integrados e assumidos pelas leis, pelas autoridades e pela população em geral. A cidadania também não é dada, mas construída em um processo de organização, participação e intervenção de indivíduos ou de grupos sociais. Só na constantes vigilâncias dos atos cotidianos o cidadão pode apropriar- se desses direitos, fazendo-os valer d fato. Se não houver essa exigência, eles ficaram no papel. Como vimos, o conceito de cidadania foi gerado nas lutas que estruturam os direitos universais do cidadão. Desde o século XVIII, muitas ações e movimentos foram necessários para que se ampliassem o conceito e a prática da cidadania. Nesse sentido, pode- se afirmar que defender a cidadania é lutar pelos direitos, e portanto pelo exercício da democracia, que é a constante criação de novos direitos, Thomas Marchall propôs uma análise da evolução da cidadania vinculada a determinados direitos, com base na situação da Inglaterra em meados do século xx. Na sociedade atual, porém, há um grau de complexidade e desingualdade tão grande que a divisão dos direitos do cidadão em civis, políticos e sociais já não é suficiente para explicar sua dinâmica. Como alternativa e essa classificação, podemos pensar em dois tipos de cidadania: a formal e a real ou substantiva). A cidadania formal é a que está na constituição e em outras leis específicas de cada país. É a que estabelece que todos são iguais perante a lei e garante ao indivíduo a possibilidade de lutar judicialmente por seus direitos. Tal garantia é muito importante, se não houvesse leis para determinar nossos direitos, estaríamos nas mãos de uma minoria. Essa era a situação dos escravos que não tinham direto algum. A cidadania real ou substantiva é a que está presente no dia a dia. A prática da cidadania substantiva revela que, apesar das leis existentes, não há igualdade fundamental entre os seres humanos - entre homens e mulheres; entre crianças, Jovens e idosos; entre negros e brancos. Vamos tomar como exemplo o direito á vida e o direito de ir e vir. O direito à vida é o principal. Sem ele, os demais de nada valem. Mas milhares de pessoas, principalmente crianças, morrem de fomes todos os dias em vários locais do planeta. Essas pessoas não conseguiram ter o direito real e substantivo à cidadania. O segundo direto básico em nossa sociedade, o de ir e vir, é reconhecido desde do século XVII. No dia a dia, entretanto, nem sempre as pessoas pode se deslocar para qualquer lugar e ficar ondem querem. Tomando alguns exemplos bem próximos, podemos citar o impedimento à livre circulação dos cidadãos em algumas vias públicas, que são fechadas e vigiadas por seguranças. Há também praias, todas públicas cujo acesso é vetado por pessoas que se comporta como suas proprietárias. Nos shopping Centers, os guardas garantem a segurança dos frequentadores, mas também evitam o acesso de pessoas que aparentemente não têm poder de consumo. Nesses casos, o direito de ir e vir não é respeitado.​

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Resposta:

Cidadania é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive. Estudam-se o processo de construção da cidadania e as garantias de efetivação de elementos democráticos como a liberdade, a segurança,bom desenvolvimento, o emprego e a justiça.