de que maneira os Estados Unidos participaram da implantação de ditadura na Europa e na América Latina
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No final do século XIX sob a máxima da doutrina Monroe “A América para os americanos”, os EUA passariam a exercer o papel que antes cabia às monarquias ibéricas. No começo do século XX, a construção do canal do Panamá (1904), a interferência em Cuba através da Emenda Platt (1902) e o envolvimento direto em vários momentos na revolução mexicana (1911) demonstravam o caráter imperialista dos EUA na América Latina.
Durante todo o século XX, os EUA estiveram envolvidos com as ditaduras na América Latina.
Os EUA foram durante todo século XX aliados e promotores de terríveis ditaduras na América Latina, financiaram todos os governos que garantiam seus interesses econômicos com o preço da miséria, da fome e da morte de milhões de seres humanos.
A história que nos é contada pelos filmes americanos e pela historiografia burguesa é uma narrativa épica da luta do bem contra o mal, dos liberais e democráticos contra a ditadura do leste europeu e da China. Não queremos aqui, de maneira alguma, defender o stalinismo e nem o maoismo, ou qualquer regime autoritário, mas mostrar a farsa dessa oposição entre Ocidente e Oriente durante a guerra fria que servia apenas para justificar o aumento da produção armamentista e ampliar o imperialismo, especialmente o americano.
OS EUA E AS DITADURAS NA AMÉRICA: APOIO ÀS VELHAS OLIGARQUIAS
Os EUA, ao implantar em 1902, uma cláusula na constituição de Cuba chamada de Emenda Platt, passava a ter direito de intervir militarmente, politicamente e economicamente no país. Entre outras coisas, os EUA passavam a controlar Guantánamo de forma perpétua, essa região serviu como campo de concentração onde os americanos levaram descendentes de japoneses durante a segunda guerra mundial. Os EUA, “terra da liberdade”, apoiaram Fulgêncio Batista, ditador que governou Cuba entre 1933 e 1958. O tirano cubano mantinha ótimas relações com a máfia americana que fazia de Havana um enorme cassino. Batista entregou todas as riquezas do país a empresas privadas norte americanas. Diferentemente da época de Fidel Castro, em momento algum da ditadura de Fulgêncio Batista foi feito embargo, restrição ou críticas ao despotismo do presidente, nenhum presidente americano pensou em garantir a democracia na ilha.
Na Nicarágua, os EUA sempre apoiaram os Somoza, desde Somoza Garcia, que de 1936 a 1956 governou o país eliminando a oposição, tendo, inclusive, executado o general Sandino e seus simpatizantes. Somoza Garcia, respeitado pelos capitalistas americanos, se tornou um dos homens mais ricos da América exportando café e carne bovina e se aproveitando da Segunda Guerra Mundial para oprimir os descendentes de alemães, os obrigando a vender suas terras a preços baixíssimos e determinados por ele mesmo.
Com a ascensão do movimento sandinista nos anos 70 e 80, a Nicarágua viria revelar a todo o público a “ética” do governo norte-americano quando o governo Reagan para tentar impedir a vitória do sandinista Daniel Ortega em 1986 utilizou dinheiro de armas vendidas ao Irã para financiar os reacionário na Nicarágua, vale lembrar que o Irã estava em guerra contra os EUA, o que não impedia o lucrativo negócio do tráfico de armas para formação de caixa 2. O episódio ficou conhecido como Irã-contras.
Na República Dominicana, o aliado norte americano foi o ditador Rafael Trujillo. Este ficou mais de trinta anos no poder deixando um saldo de milhares de mortes. O regime de Trujillo matava opositores em plena luz do dia e até exilados em outros países. O ditador que governou o país entre 1930 a 1961 chegou a ser dono de mais de 70% das terras agricultáveis do país.