De que maneira a religião foi importante ao processo de colonização da América?
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A partir da colonização da América pelos espanhóis, podemos ressaltar a importância da Igreja Católica na cristianização e na conquista espiritual dos indígenas a partir do século 15. Ela desenvolveu um papel marcante na colônia espanhola, introduzindo forçosamente a religião predominante da Península Ibérica no período colonial.
Com o processo de Reconquista ocorrida na Península Ibérica, foi sendo construída uma proximidade entre a Igreja e o Estado espanhol, até mesmo por interesses políticos e econômicos de ambas as partes. O Estado começa a participar mais das decisões eclesiásticas, tendo certa autoridade para efetuar vetos e nomeações. O Padroado Régio centralizava seus interesses evangelizadores e ao mesmo tempo conferia legitimidade ao Estado diante das conquistas territoriais, como se fosse uma “troca de favores”, cada um legitimando as ações do outro.
À Igreja, fora conferida a missão de “apressar a submissão e a europeização dos índios e pregar a lealdade à Coroa de Castela”, enquanto a Coroa nomeava pessoas aos cargos eclesiásticos, pagava salários e efetuava obras em prol da própria Igreja, dando assim certa notoriedade à Instituição Religiosa. (BARNADAS, pp. 521). A Igreja espanhola necessitava de certa forma, do “apoio” da Coroa para financiar suas expedições ao Novo Mundo para propagar sua fé, até mesmo por falta de recursos e por acreditarem ser mais viável obter a “ajuda” da própria Coroa do que a do papa, que estava longe, em Roma.
O fato de os espanhóis chegarem a territórios na América e se depararem com povos de estruturas sociais complexas fez com que a Igreja percebesse “a dimensão da tarefa de evangelização que agora se exigia dela no Novo Mundo.” (BARNADAS, pp. 524). Por isso, foi necessário que os espanhóis primeiramente conquistassem militar e politicamente os povos nativos para que depois fosse possível a missão evangelizadora da Igreja Católica.
Na segunda metade do século 15, “a Península Ibérica foi palco de movimentos reformistas de grande intensidade”, estes com o intuito de restabelecer a ordem e a prática cristã no território. (BARNADAS, pp. 524). A partir de tais ideais, muitos acreditavam que na colônia espanhola dever-se-ia estabelecer o “cristianismo puro”, isento dos erros do velho continente, restaurando assim a Igreja primitiva. Temos como exemplo a Companhia de Jesus - os jesuítas - que tinha por objetivo inserir uma religião cristã no Novo Mundo com base nos princípios europeus, o que levaria posteriormente às missões ou reduções jesuíticas na América Espanhola.
Com todas essas mudanças que ocorriam na Europa, tivemos também o Concílio de Trento, que marcou a evangelização na América, sendo que foram impostas diferentes regras como, a título de exemplo, a liturgia que continuara a ser professada em latim e a restrição do acesso dos fiéis à palavra de Deus. “As estruturas eclesiásticas foram consolidadas, e a vida da Igreja continuou em grande parte nas mãos do clero”, sendo que a prática cristã acabara por se distinguir da prática protestante. (BARNADAS, pp. 526).
Com o processo de Reconquista ocorrida na Península Ibérica, foi sendo construída uma proximidade entre a Igreja e o Estado espanhol, até mesmo por interesses políticos e econômicos de ambas as partes. O Estado começa a participar mais das decisões eclesiásticas, tendo certa autoridade para efetuar vetos e nomeações. O Padroado Régio centralizava seus interesses evangelizadores e ao mesmo tempo conferia legitimidade ao Estado diante das conquistas territoriais, como se fosse uma “troca de favores”, cada um legitimando as ações do outro.
À Igreja, fora conferida a missão de “apressar a submissão e a europeização dos índios e pregar a lealdade à Coroa de Castela”, enquanto a Coroa nomeava pessoas aos cargos eclesiásticos, pagava salários e efetuava obras em prol da própria Igreja, dando assim certa notoriedade à Instituição Religiosa. (BARNADAS, pp. 521). A Igreja espanhola necessitava de certa forma, do “apoio” da Coroa para financiar suas expedições ao Novo Mundo para propagar sua fé, até mesmo por falta de recursos e por acreditarem ser mais viável obter a “ajuda” da própria Coroa do que a do papa, que estava longe, em Roma.
O fato de os espanhóis chegarem a territórios na América e se depararem com povos de estruturas sociais complexas fez com que a Igreja percebesse “a dimensão da tarefa de evangelização que agora se exigia dela no Novo Mundo.” (BARNADAS, pp. 524). Por isso, foi necessário que os espanhóis primeiramente conquistassem militar e politicamente os povos nativos para que depois fosse possível a missão evangelizadora da Igreja Católica.
Na segunda metade do século 15, “a Península Ibérica foi palco de movimentos reformistas de grande intensidade”, estes com o intuito de restabelecer a ordem e a prática cristã no território. (BARNADAS, pp. 524). A partir de tais ideais, muitos acreditavam que na colônia espanhola dever-se-ia estabelecer o “cristianismo puro”, isento dos erros do velho continente, restaurando assim a Igreja primitiva. Temos como exemplo a Companhia de Jesus - os jesuítas - que tinha por objetivo inserir uma religião cristã no Novo Mundo com base nos princípios europeus, o que levaria posteriormente às missões ou reduções jesuíticas na América Espanhola.
Com todas essas mudanças que ocorriam na Europa, tivemos também o Concílio de Trento, que marcou a evangelização na América, sendo que foram impostas diferentes regras como, a título de exemplo, a liturgia que continuara a ser professada em latim e a restrição do acesso dos fiéis à palavra de Deus. “As estruturas eclesiásticas foram consolidadas, e a vida da Igreja continuou em grande parte nas mãos do clero”, sendo que a prática cristã acabara por se distinguir da prática protestante. (BARNADAS, pp. 526).
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