De que maneira a reforma protestante influenciou na tradução da bíblia para várias línguas?
OBS: É RELIGIÃO
Soluções para a tarefa
Lutero, Calvino e outros defendiam as Escrituras Sagradas como única regra de fé e prática para todos os cristãos. Havia porém um problema. Como o povo poderia ler e interpretar as Escrituras se elas estavam acessíveis quase que somente em latim ou em suas línguas originais? Foi então que um esforço enorme pela tradução da Bíblia foi feito. Neste período inúmeras traduções surgiram. Lutero mesmo traduziu as Escrituras para o alemão. A sua tradução foi tão importante para o povo do seu país que estudiosos têm considerado Lutero como o pai da língua alemã. Um primo de Calvino traduziu a Bíblia para o Francês. A famosa versão King James foi produzida na Inglaterra, o sínodo de Dort, na Holanda, promoveu a tradução para o holandês. Meio século mais tarde, mas ainda como fruto da Reforma, João Ferreira de Almeida traduziu a Bíblia para a língua Portuguesa. Desde então, centenas de línguas têm recebido o texto sagrado.
Resposta:
Traduzir a Bíblia de suas línguas originais para línguas vernáculas sempre foi uma prática do povo de Deus. Antes mesmo de o Novo Testamento ser escrito, o povo judeu já havia traduzido o Velho Testamento para a língua Grega. Esta tradução ficou conhecida como Septuaginta ou versão dos setenta. Nos primeiros séculos da igreja cristã a Bíblia inteira foi traduzida para línguas como siríaco, armênio, latim, gótico, etíope, etc.
Com o fortalecimento da igreja no ocidente e a adoção do latim como língua da igreja, o processo de tradução ficou esquecido. Anglada, falando sobre o assunto diz: "A Igreja Católica havia se dado por satisfeita com a versão latina de Jerônimo e não estimulava sua tradução para outros idiomas, por considerar a Bíblia um livro obscuro e não apropriado para ser lido por leigos"
Assim, a Igreja Católica passou a usar quase que exclusivamente o latim. Como o povo comum não falava esta língua nem a entendia, a compreensão do texto bíblico passava totalmente pelas mãos do clero. Os padres liam e interpretavam, à sua maneira, os ensinos sagrados. Nesse período, o que a igreja dizia tinha peso igual ou maior ao que a Bíblia dizia.
Lutero, Calvino e outros defendiam as Escrituras Sagradas como única regra de fé e prática para todos os cristãos. Havia porém um problema. Como o povo poderia ler e interpretar as Escrituras se elas estavam acessíveis quase que somente em latim ou em suas línguas originais? Foi então que um esforço enorme pela tradução da Bíblia foi feito. Neste período inúmeras traduções surgiram. Lutero mesmo traduziu as Escrituras para o alemão. A sua tradução foi tão importante para o povo do seu país que estudiosos têm considerado Lutero como o pai da língua alemã. Um primo de Calvino traduziu a Bíblia para o Francês. A famosa versão King James foi produzida na Inglaterra, o sínodo de Dort, na Holanda, promoveu a tradução para o holandês. Meio século mais tarde, mas ainda como fruto da Reforma, João Ferreira de Almeida traduziu a Bíblia para a língua Portuguesa. Desde então, centenas de línguas têm recebido o texto sagrado.
Foi o acesso à Bíblia traduzida e sua comparação com os ensinos da igreja de Roma que provocaram as maiores perdas no rol de membros da Igreja Oficial. À medida em que as pessoas descobriam o verdadeiro ensino bíblico se rebelavam contra todo e qualquer ensino que o contradissesse. Não é à toda que a igreja de Roma tenha feito um esforço enorme para destruir cópias das Escrituras traduzidas. A tradução para línguas de povos considerados não-cristãos, também provocou um grande avanço do evangelho em países como Índia, China, Coréia, etc.
A Reforma mostrou que não pode haver verdadeiro cristianismo sem acesso às Escrituras. Mostrou também que somente as Escrituras devem ser a regra de fé e prática para o cristão.