de que maneira a pobreza é vista pelo ponto de vista social?
Soluções para a tarefa
A pobreza pode ser pensado à luz da ideia de justiça – existe pobreza quando consideramos uma determinada situação social absolutamente inaceitável e injusta. Por isso, o conceito também pode ser abordado pelo viés da ética e da política, no sentido da pobreza implicar considerações morais, fruto do convívio social. Afinal, deve-se sempre ajudar quem é pobre? De quem é a culpa por haver pobreza? Do indivíduo, do Estado, da história, do sistema?
Ao longo da história, essas perguntas obtiveram respostas que buscaram explicar os porquês das desigualdades. Durante a Idade Média, a pobreza era um estado complementar ao da riqueza, e era definida como uma condição de nascença, ou seja, algo praticamente incontornável. O cristianismo, naquele período, estimulou a caridade e o sentimento de compaixão em relação aos pobres: os ricos (e os não tão pobres) tinham dever moral de contribuir para elevar as condições de vida dos mais pobres.
Com o advento da Idade Moderna e do capitalismo, a partir do século XVI, mudaram as explicações sobre a pobreza. O indivíduo ganhou cada vez mais lugar no imaginário social e passou a ser responsabilizado por ser pobre, seja por incompetência ou por preguiça. Caberia ao Estado (e depois também às empresas, com o Estado liberal) disciplinar os indivíduos ao trabalho pesado. Se, no período medieval, o cristianismo incentivava a caridade, o liberalismo econômico – baseando-se na tese do demógrafo Thomas Malthus de que a população aumentava mais do que os meios para sustentá-la – condenava a assistência social do Estado que poderia estimular o crescimento populacional e, assim, aumentar a pobreza.